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segunda-feira, 4 de junho de 2012

AS ETAPAS DA FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA MORAL


O psicólogo e pedagogo Jean Piaget realizou, a partir de uma pesquisa com crianças dos bairro de Genebra, na Suíça, um estudo pioneiro sobre o desenvolvimento do critério moral. Segundo ele, a formação da consciência moral na pessoa segue, basicamente, quatro etapas:


1ª ETAPA - ANOMIA (do grego a, "negação, ausência", + nomos, "lei" = sem lei) É a etapa do comportamento puramente instintivo, que se orienta apenas pelo prazer e pela dor. A criança procura o prazer e foge da dor, sem relacioná-los a normas morais.
No adulto, a anomia revela um nível muito baixo de moralidade, ou seja, falta de responsabilidade e de ideal moral. Exemplificando, seria o caso do motorista que "voa" com seu automóvel apenas pelo prazer de correr, sem considerar as consequências de seu ato.


2ª ETAPA - HETERONOMIA (do grego héteros, "outros", + nomos, "lei" = lei estabelecida ou imposta por outro). Nesta fase, a criança obedece às ordens para receber a recompensa ou para evitar o castigo.
Entre adultos, é o caso do motorista que observa as leis de trânsito só para não ser multado.


3ª ETAPA - SOCIONOMIA (do latim socius, "companheiro, colega", e do grego nomos, "lei" = lei interiorizada do convívio). Nesta etapa, os critérios morais da criança vão se afirmando por meio de suas relações com outras crianças. Ela vai interiorizando as noções de responsabilidade, obrigação, respeito, justiça. Começa a não fazer aos outros o que não gostaria que fizessem a ela. Age sempre buscando a aprovação ou evitando a censura dos outros.
Entre adultos, é o caso do motorista que dirige preocupado consigo mesmo e sobretudo com o que os outros pensam dele.


4ª ETAPA - AUTONOMIA (do grego, autós, "próprio", = nomos, "lei" = lei própria). Nessa fase, a criança já interiorizou as normas morais e passa a comportar-se de acordo com elas.
É a etapa mais elevada do comportamento moral.
Entre adultos, é o caso do motorista que, na direção do automóvel, orienta-se pelas leis de trânsito e por seus próprios princípios internos de conduta.

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