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sábado, 30 de junho de 2012

A arte de ser feliz

Acorde todas as manhã com um sorriso.
Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz.
Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará.
Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz!
Enumere as boas coisas que você tem na vida.
Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança!
Trace objetivos para cada dia.
Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente.
Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional, além disso o ajuda a manter a dignidade.
Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente.
Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias.
Conscientize-se que a verdadeira felicidade está dentro de você.
A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim dar.
Estenda sua mão. Compartilhe. Sorria. Abrace.
A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos.
O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor...
O tempo para ser feliz é agora.
O lugar para ser feliz é aqui!


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Luz nas sombras


Mirradinho e feio, com oito anos aparentava seis... Socialmente, um desastre! Artur era um problema na escola especializada em excepcionais. Inquieto, violento... Tormento dos menores, permanente preocupação para professores. Embutido em si mesmo, não se comunicava... Só agredia, habilidoso na arte de desferir pontapés. 
Ana Rosa, inteligente orientadora pedagógica da instituição, procurou-o. 
- Oi! Tudo bem?... 
O menino fitou-a, impassível. A jovem tocou-o de leve, ensaiando um carinho. Ele se colocou na defensiva, armando o pé para o golpe certeiro. 
- Não gosto de você! - Falou, ameaçador, como fazia sempre que alguém tentava contato. 
- Pois eu gosto muito de você! - Respondeu, sorridente. 
Surpreso, Artur afastou-se a correr. 
Ana Rosa estudou seu prontuário. Visitou sua casa. Consultou a vizinhança. Era filho de mãe solteira, que o abandonara recém-nascido. Quem cuidava dele era uma velha tia, alcoólatra, que, quando embriagada, divertia-se surrando-o. O garoto nunca conhecera ternura, solicitude, atenção... 
Ana Rosa compadeceu-se. Dispôs-se a ajuda-lo. O primeiro passo era ganhar-lhe a confiança. Sobrepondo-se à sua insociabilidade, repetia sempre: 
- Eu gosto de você! 
Tornou-se refrão. Onde se encontravam, a saudação infalível: 
- Oi Artur!... Não se esqueça: Eu gosto de você!... 
O gelo começou a dissolver-se. Para surpresa geral, o menino permitiu uma aproximação. Brincavam juntos. Aos poucos ela ganhou acesso ao seu mundo íntimo, repleto de temores e angústias, sombras que afastava, uma a uma, com a luz infalível: 
- Eu gosto de você! 
Artur começou a modificar-se. Tornou-se comunicativo, aprendeu a sorrir... Ensarilhou as armas escondidas nos pés. Já era capaz de conviver com outras crianças, sem atritos. 
E veio a surpresa feliz: Revelou dotes promissores de inteligência e sensibilidade. Longe da excepcionalidade, era apenas um menino amedrontado que se escondia num mundo de fantasia resguardado pela agressividade. 
Meses mais tarde habilitou-se a ingressar numa escola para crianças de nível mental mais desenvolvido. 
Abraçando-o, Ana Rosa despediu-se, dizendo-lhe ternamente: 
- Eu o verei sempre, Artur. E não se esqueça: Eu gosto de você! 
Emocionado, aquele espírito que despertara para vida graças a alguém capaz de amar incondicionalmente, respondeu, voz entrecortada de lágrimas: 
- Eu também gosto muito, muito mesmo, de você!


Autor: Richard Simoneti

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Renove-se


Reconheça a pessoa especial, forte, talentosa, guerreira e poderosa que você se transformou 
Sinta-se renovado, preparado e potencializado no dia de hoje. 
Isso mesmo, sinta tudo isso e vá em frente. 
Chegou a hora de encarar uma nova etapa, pois é tempo de se refazer e, se for preciso, sair das cinzas! 
Você pode, você é capaz! 
Você merece! 
Retome todos aqueles antigos e bons sonhos e dê a você mesmo mais uma oportunidade. 
Agora é a sua hora de recomeçar para fazer florir a sua vida. Viva de novo, mas de uma maneira diferente, do seu jeito! 
Hoje não é nenhuma data especial e nem precisa ser para celebrar a vida. 
Mas você está se encontrando um pouco mais com você e percebe que pessoa especial, forte, talentosa e bonita você é! Vamos! Bote fé em si mesmo! 
Bote fé nessa criatura linda, competente e guerreira que você sabe que é! Um novo ânimo, tá? Tenha mais esperança, mais alegria e mais amor! 
E para conquistar isso basta um estalar de dedos. Basta querer. 
É uma questão de jeito que você sabe que tem. E vontade nunca lhe faltou, certo? 
Festeje, celebre e comemore por ter chegado até aqui. 
Esse ser maravilhoso e que venceu tantas batalhas se transformou, agora vale ouro! Vale muito! É tudo de bom! 
É 10 porque está no caminho certo! Valorize-se mais, ok? 
Nunca mais se compare a ninguém. Não vale a pena! Você é único! Explore mais as suas possibilidades, tá? 
E comece a se perguntar mais: "O que é possível?" 
E transforme seus sonhos em realidade porque você merece e sabe que pode e que merece. 
Lembre-se sempre que a prosperidade está te esperando. 
O seu íntimo deve refletir isso no seu sorriso de hoje. 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

ESCREVA SUA PRÓPRIA VIDA


Suponha que alguém lhe deu uma caneta - uma caneta lacrada, de cores sólidas. 
Você não pode ver quanta tinta tem. Pode secar logo depois das primeiras palavras ou durar o suficiente para você criar uma esplêndida obra (ou diversas); ou que durasse para sempre. Você não sabe até que você comece. 
São as regras do jogo, você realmente nunca sabe. Você tem que examinar cada possibilidade! 
A regra do jogo não obriga você a fazer qualquer coisa. Você pode, ao invés de usar a caneta, deixá-la em uma prateleira ou em uma gaveta onde secasse sem ser utilizada. 
Mas se você decidisse usar, o que você faria? Como você jogaria esse jogo? 
Você iria planejar e planejar antes de escrever cada palavra? Seus planos seriam tão extensos que você nunca começaria? 
Ou você colocaria a caneta na mão e simplesmente escreveria, esforçando-se para prosseguir com um monte de palavras? 
Você escreveria cautelosamente e com cuidado, como se a caneta secasse no momento seguinte, ou você fingiria ou acreditaria (ou fingiria acreditar) que a caneta escreverá para sempre? 
E sobre o que você escreveria: sobre amor? Ódio? Divertimento? Miséria? Vida? Morte? Nada? Tudo? 
Você escreveria sobre si mesmo? Ou sobre os outros? Ou sobre si mesmo sob a ótica dos outros? 
Suas letras seriam trêmulas e tímidas ou brilhante e realçada? Enfeitadas ou simples? 
Você escreveria mesmo? Uma vez que você tem a caneta, nenhuma regra diz que você tem que escrever. Você rascunharia? Borrões ou desenhos? 
Você permaneceria nas linhas, ou não veria nenhuma linha, mesmo se estivessem lá? 
Há muito o que pensar sobre isso, não é? 
Agora, suponha que alguém lhe deu uma vida...


Tradução de Sergio Barros do texto de David A. Berman 

terça-feira, 26 de junho de 2012

Seu cavalo pode voar


"Não temas, crê somente" (Marcos 5:36) 
Um poderoso rei condenou um humilde súdito à morte. 
O homem, prestes a ser executado, propôs e teve a concordância do rei, permiti-lo ensinar o cavalo real a voar. 
Caso não conseguisse, no prazo de um ano, então sua sentença Seria cumprida. "Por que adiar o inevitável?" perguntou-lhe um amigo. "Não é inevitável," ele respondeu, "as chances são Quatro a um a meu favor. Dentro de um ano:
1 - O rei pode perder o trono.
2 - Eu posso Fugir.
3 - O Cavalo pode fugir.
4 - Eu posso ensinar o cavalo a voar.
Freqüentemente nos vemos diante de obstáculos difíceis e aparentemente impossíveis de transpor. 
Por mais que busquemos soluções, elas parecem não existir. o primeiro impulso nos convida a desistir, mas é preciso que jamais esqueçamos que para o nosso amado Deus todas as coisas são possíveis. 
Há alguns séculos atrás, costumava-se dizer que o homem jamais poderia voar. 
"Se Deus quisesse que o homem voasse, teria lhe dado asas." 
Porém, hoje, em poucas horas o homem atravessa um oceano e vai para outro continente! 
Assim como o súdito de nossa estória, aprendamos a olhar a situação com otimismo. Para cada possibilidade adversa, muitas favoráveis poderão ser encontradas, e, com muita fé e determinação, o que parecia impossível logo será realidade. 
Não esmoreça nunca. Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu cavalo pode voar! 


Autor: Paulo Barbosa

segunda-feira, 25 de junho de 2012

VIVER É UM SHOW FANTÁSTICO


Você pode ter defeitos, viver ansioso, chorar e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é o maior tesouro do mundo. 
Lembre-se sempre de que ser feliz não é ter um céu sempre azul, caminhos sem obstáculos, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. 
Ser feliz É encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor mesmo nos desencontros. 
Ser feliz Não é apenas valorizar o sorriso a alegria, mas também refletir sobre a tristeza. 
Não é apenas comemorar as vitórias, mas aprender lições nos fracassos. 
Não é apenas alegrar-se como os aplausos, mas encontrar alegria na escuridão. 
Ser feliz É reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões nos períodos de crise basta saber aproveitar. 
Ser feliz Não é uma sorte do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu eu interior. 
Ser feliz É deixar de ser vítima ou réu nos problemas, é se tornar o autor da própria história. 
Ser feliz É atravessar desertos, ser capaz de encontrar um oásis escondido em sua alma. 
É agradecer a cada manhã pela vida. 
Ser feliz É não ter medo dos próprios sentimentos e saber falar de si mesmo. 
É ter coragem para ouvir um... "Não". 
Ser Feliz É saber receber com segurança uma crítica, mesmo que seja injusta. 
É beijar os filhos, é ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem. 
É deixar viver a criança que cada um tem dentro de si. 
Ser feliz É saber admitir quando errou e dizer "Eu errei". 
É ser o primeiro a dizer "Me perdoe” 
É ter sensibilidade para expressar 
"O que você tem mais de profundo no coração". 
É ter capacidade de dizer sem medo "Eu te amo". 
Faça da sua vida um canteiro de oportunidades. 
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. 
Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria. 
E finalmente Quando você desviar do caminho, comece tudo de novo. 
Pois assim você terá cada vez mais amor pela vida e descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. 
Mas saber usar suas lágrimas para irrigar a tolerância. 
Saber usar suas perdas para polir a paciência. 
Saber usar suas falhas para construir a serenidade. 
Saber usar os obstáculos para abrir as janelas da sabedoria. 
Não desista nunca de si mesmo. 
Não esqueça nunca as pessoas que te amam. 
Não desista nunca de quem te ama. 
Não desista nunca de ser feliz, pois... 
VIVER É UM SHOW FANTÁSTICO 

domingo, 24 de junho de 2012

Abençoado


Outro dia, eu e um amigo nos encontramos em um supermercado e eu estava dizendo-lhe sobre como são preguiçosos os meus filhos. Eu tinha chegado do trabalho, e como na maioria das vezes, minha casa estava como que destruída pela bagunça. 
- Eu acredito que as crianças de hoje em dia só pensam nelas mesmas. Não querem nada com a dureza. Me desdobro para trabalhar por elas e não podem nem mesmo ajudar a manter nossa casa limpa. Eu até não me incomodaria tanto, mas é a mulher que é má vista se a casa fica uma bagunça. 
- Você sabe o quanto é abençoado? Uma mulher atrás de nós interrompeu-nos. E continuou, 
- Eu adoraria ir para casa e encontrar minha casa uma bagunça. Não me aborreceria se meu tapete estivesse sendo arruinado ou os pratos deixados em toda parte. Não me aborreceria a roupa suja sendo empilhada ou muitas meias para guardar. Eu não me aborreceria mesmo se qualquer um falasse sobre minha casa suja. Na verdade, eu ia adorar. Eu adoraria andar por minha casa, pegar meus filhos e poder abraçá-los, beijá-los e dizer-lhes o quanto eu os amo. 
E aquela mulher continuou, 
- Veja você, minhas duas filhas morreram em um acidente de carro e agora é apenas meu marido e eu. Minha casa permanece limpa, minha roupa arrumada, os pratos no lugar. Não há nenhuma marca de mãos em minhas paredes, nenhuma mancha misteriosa em meus tapetes. Não há nenhum som de discussão, nenhuma porta batendo, nenhum riso, nenhum "Eu amo você, mamãe". Então veja que você é muito abençoado. Eu daria qualquer coisa para estar em seu lugar agora. Como eu amaria poder agarrar minhas crianças, enxugar suas lágrimas, compartilhar seus sonhos. Dar-lhes atenção e apenas brincar. Se eu tivesse minhas crianças, eu não me importaria como minha casa é vista. Eu seria feliz apenas por tê-los. 
Agora, se você vier em minha casa e encontrar uma grande bagunça, você pode ter maus pensamentos se você quiser, mas eu me sinto extremamente abençoado.




Tradução de Sergio Barros do texto de Tammy Laws Lawson 

sábado, 23 de junho de 2012

Doze pratos

Um príncipe chinês, orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de rara quão antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa.
Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita.
A notícia tomou conta do Império, e, as vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem a coleção. Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel. Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas. Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse:
- Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos nada vale.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DOCE ENGANO...

Um amigo meu chamado Paulo ganhou um automóvel de presente de seu irmão no Natal.
Na noite de Natal, quando Paulo saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em volta do reluzente carro novo, admirando-o. Paulo assentiu.
- Meu irmão me deu de Natal.
O garoto ficou boquiaberto.
- Quer dizer que foi um presente de seu irmão e não lhe custou nada? Rapaz, quem me dera... - hesitou ele.
É claro que Paulo sabia o que ele ia desejar. Ele ia desejar ter um irmão como aquele. Mas o que o garoto disse chocou Paulo tão completamente que o desarmou.
- Quem dera - continuou o garoto - ser um irmão como esse.
Paulo olhou o garoto com espanto, e então, impulsivamente, acrescentou:
- Você gostaria de dar uma volta em meu automóvel?
- Oh, sim, eu adoraria.
Depois de uma voltinha, o garoto virou-se e, com os olhos incandescentes, disse:
- O senhor se importaria de passar em frente à minha casa?
Paulo deu um leve sorriso. Pensou que soubesse o que o rapaz queria. Ele queria mostrar aos vizinhos que podia chegar em casa num carrão. Mas Paulo estava novamente enganado.
- Pode parar em frente àqueles dois degraus? - perguntou o garoto.
Ele subiu correndo os degraus. Então, passados alguns momentos, Paulo ouviu-o retornar, mas ele não vinha depressa. Carregava seu irmãozinho paralítico. Sentou-o no degrau inferior e depois como que o abraçou fortemente e apontou o carro.
- Aí está ele, amigão, exatamente como eu te contei lá em cima. O irmão deu o carro a ele de presente de Natal e não lhe custou um centavo. E algum dia eu vou te dar um igualzinho. Então você poderá ver com seus próprios olhos, nas vitrines de Natal, todas as coisas bonitas sobre as quais eu venho tentando te contar.
Paulo saiu do carro e colocou o rapaz no banco da frente.
O irmão mais velho, com os olhos brilhando, entrou atrás dele e os três deram uma volta comemorativa.

Autor não mencionado

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Amizade

Curvava-se o velho ancião para apanhar, junto à sarjeta, o embrulho que lhe fora ofertado.
Suas mãos trêmulas tiveram dificuldade em aninhá-lo.
Suas forças alquebradas não lhe permitiam que o mesmo se conservasse bem preso. Abaixa-se, tonteia e cai, vagarosamente, como se uma nuvem escura lhe toldasse os olhos já tão esgotados...
Alguém lhe socorre. Alguém que não via há tantos anos.
Amigo... Sim, amigo...
Recebe um abraço, que, renovando-lhe como por milagre seu estado geral, amplia-lhe o pequeno impulso que quisera dar ao corpo e vê-se de pé, abraçando o amigo.
Amigo... Amigo!
Uma onda de emoção invade-lhe a alma e exclama:
- Há quanto tempo! Como você me encontrou? Mas não... Não olhe muito para mim. Estou um caco... Agora vivo de esmolas...
Dizia isso, mas a sensação que sentia era de calor, refazimento, bem estar... Parecia até que estava mentindo, mas era assim que vinha vivendo há muito.
Amigo... Amigo!
Porque você não fala? Porque você somente sorri? Que força é essa que eu sinto ainda e que senti quando você me abraçou?
Amigo... Amigo! Que saudades!
E o amigo, verdadeiro amigo, abraçou o velhinho mais uma vez e, como duas nuvens, foram subindo, deixando à curiosidade popular um corpo no chão, de um velho, quiçá mendigo, com um embrulho perto das mãos...

Autor não mencionado

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O DISCÍPULO


Um discípulo procurou o rabino Naham de Braslaw: 
- Não continuarei mais meus estudos sagrados. Moro numa pequena casa com meus pais e meus irmãos, e nunca encontro as condições ideais para concentrar- me no que é importante. 
Naham apontou o Sol e pediu que seu discípulo colocasse a mão na frente do rosto de modo a ocultá-lo. O discípulo fez isto. Então o rabino disse: 
- Sua mão é pequena, porém conseguiu cobrir por completo a força, a luz e a majestade do imenso sol. Da mesma maneira, os pequenos problemas conseguem lhe dar a desculpa necessária para não seguir adiante em sua busca espiritual. Ninguém é culpado da própria incompetência. Assim como a mão tem o poder de esconder o sol, a mediocridade tem o poder de esconder a luz interior. Não deixe que isso aconteça.




Autor não mencionado

terça-feira, 19 de junho de 2012

IRMÃO NÃO PESA


No alto do Rio Negro, a beira de um de seus afluentes, o Rio Tiquiê, vive um grupo de índios Tucanos.
Por incrível que pareça, a maior parte dos adolescentes tem o pé direito levemente virado para fora.
Não sei se foi feita alguma pesquisa científica, algum estudo genético, mas a explicação que me deram foi bastante convincente.
Normalmente os índios tem vários filhos, e os maiores cuidam dos menores.
Desde pequenos os curumins carregam os menores , e a forma de carregar é colocar o pequeno junto ao corpo, mas de lado, acima da perna direita e isso faz com que ao andar precise entortar o pé para dar segurança.
Em uma tarde muito quente, um indiozinho bem magrinho carregava seu irmão, de volta para casa após o banho no rio. Era uma subida íngreme e teriam que caminhar por um bom trecho.
Foi perguntado ao menino que carregava seu irmão se ele não estava cansado, ao que ele respondeu.
- IRMÃO NÃO PESA.


Autor não mencionado 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

UMA INFORMAÇÃO, POR FAVOR


Eu trabalhava como telefonista. Dava informações sobre números de telefones; entretanto, muitas pessoas acham que o pessoal da "Informações" sabem tudo de tudo.
Já atendi perguntas como,
- Conhece aquela garota? Ela mora em uma casa marrom na rua 1. É minha colega de escola e tem o cabelo castanho.

Já recebi, também, consultas do tipo,
- Você pode me dizer como fazer uma salada de ovos?

Bem, um dia eu recebi uma chamada e era próximo ao Natal. Como sempre, eu disse,
- Serviço de auxílio à lista, posso lhe ajudar?

Havia um homem ao telefone e com uma voz muito triste disse,
- Madame, eu preciso... meu gato precisa de alguma comida".

Soou assim como alguém sem saída mas eu tive que desligar. Era contra o regulamento dar qualquer tipo de informação que não fosse números de telefones, assim sendo, eu desliguei. Ele ligou novamente e por algum milagre eu o atendi outra vez. E outra vez,com sua voz frágil, disse,
- Madame, por favor não desligue. Meu pobre gato... está com muita fome. Tudo que quero para o Natal é dar-lhe alguma comida. Por favor, moça... por favor, me ajude.

O que eu poderia fazer? O pobre homem parecia sincero. Eu tinha que fazer alguma coisa! Rapidamente lhe pedi seu endereço e anotei em um pedacinho de papel. Falei para ele que veria o que se poderia fazer. Eu sabia apenas que eu tinha que fazer alguma coisa para ajudar aquele pobre homem e seu gato. Fui até o meu supervisor e perguntei se eu poderia sair mais cedo. Começava a escurecer e estava começando a nevar.

Saí do prédio e fui à uma dessas lojas que vendem ração. Eu comprei um saco grande de comida para gato, amarrei uma grande fita vermelha nele e juntei um cartão de Natal. Eu apanhei o endereço do homem em meu bolso e fui procurar sua casa.

Estava em uma parte desagradável da cidade e quando cheguei estava escuro e nevando. Eu andei até a varanda e subi as escadas, que rangiam sob meus pés. Coloquei o saco de ração no chão, toquei a campainha da porta e corri para o meu carro e me escondi.De meu carro fiquei observando enquanto um homem, bem velho e curvado, abriu a porta.

O sorriso em seu rosto quando viu a ração e leu o cartão foi o melhor presente de Natal que já recebi!


Tradução de SergioBarros sobre texto de Molly Melville.

domingo, 17 de junho de 2012

Eu estou agradecido


Pelo jovem que reclama por ter de lavar a louça, porque isso significa que ele está em casa e não vagueando pelas ruas.
Pelos impostos que eu pago porque isso significa que eu tenho emprego.
 Pela confusão que eu tenho de limpar após uma festa, porque isso significa que eu estive rodeado de amigos...
 Pelas roupas que me estão um pouco apertadas, porque isso significa que eu tenho alimentos para comer.
 Pela minha sombra que me segue, porque isso significa que eu ando ao Sol.
 Pela relva que necessita ser aparada, pela janela que necessita ser  lavada pelas paredes que necessitam ser pintadas, pela lâmpada que precisa ser trocada, porque isso significa que eu tenho casa..
 Por todas as críticas que eu oiço ao Governo porque isso significa que eu tenho liberdade de expressão.
Pelo lugar para estacionar que eu encontro ao fundo do parque de estacionamento porque isso significa que eu posso andar e que tenho a sorte de ter um meio de transporte....
Pela minha enorme conta de energia por causa do aquecimento, porque  isso significa que eu vivo quentinho...
Pela Senhora que desafinadamente canta atrás de mim na Igreja, porque  isso, significa que eu posso ouvir...
Pela quantidade de roupa que eu tenho para lavar e passar a ferro, porque isso significa que eu tenho roupa para vestir...
Pelo cansaço e os músculos doridos que eu sinto ao final do dia porque isso significa que eu tenho saúde para trabalhar em pleno....
 Pelo despertador que toca às primeiras horas da manhã, porque isso quer dizer eu estou VIVO...

sábado, 16 de junho de 2012

O Nó do amor


Numa reunião de pais numa escola da periferia, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que se fizessem presentes o máximo tempo possível... Considerava que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempo para se dedicar e entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir... Quando voltava do trabalho já era muito tarde e o garoto já não estava acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava redimir-se todas as noites quando chegava a casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato faz-nos refletir sobre as muitas maneiras das pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros. Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai lhe estava a dizer.
Por vezes, importamo-nos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso. Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam" a Linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro. As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas SABEM registar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó num lençol...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Dinheiro


Com Dinheiro pode-se comprar uma casa, mas não um lar.
Com Dinheiro pode-se comprar uma cama, mas não o sono.
Com Dinheiro pode-se comprar um relógio, mas não o tempo.
Com Dinheiro pode-se comprar um livro, mas não o conhecimento.
Com Dinheiro pode-se comprar comida, mas não o apetite.
Com Dinheiro pode-se comprar posição, mas não respeito.
Com Dinheiro pode-se comprar sangue, mas não a vida.
Com Dinheiro pode-se comprar remédios, mas não a saúde.
Com Dinheiro pode-se comprar sexo, mas não o amor.
Com Dinheiro pode-se comprar pessoas, mas não amigos.

... dinheiro não é tudo...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pensa um pouco


Lê cada ponto com cuidado e pensa sobre isso durante um segundo ou dois:
1. Gosto de ti não só por causa de quem és, mas também por causa de quem eu sou quando estou contigo.
2. Nenhum homem e nenhuma mulher é digno/a das tuas lágrimas, e aquele ou aquela que o é, não te fará chorar.
3. Apenas porque alguém não te ama da maneira que gostarias, isso não significa que ele ou ela não te ame com tudo o que têm.
4. Um/a verdadeiro/a amigo/a é aquele/a que procura segurar a tua mão quando cais e te toca no coração.
5. A pior maneira de sentir a falta de alguém é estar sentada exatamente a seu lado sabendo que não a podemos ter.
6. Nunca franzas a testa, mesmo quando estiveres triste, porque nunca sabes quem se pode estar a apaixonar pelo teu sorriso.
7. Para o mundo todo podes ser apenas uma pessoa, mas para uma pessoa podes ser o mundo todo.
8. Não gastes o teu tempo num homem ou numa mulher que não esteja disposta a gastar o seu tempo contigo.
9. Talvez Deus queira que nós encontremos algumas pessoas erradas antes de encontrar a certa, para que quando encontremos a certa saibamos ser gratos.
10. Não chores porque acabou, sorri porque aconteceu.
11. Sempre haverá pessoas que te magoem, por isso o que tens de fazer é continuar a confiar e ser apenas mais cuidadoso acerca de quem confias para a próxima.
12. Faz de ti uma pessoa melhor e procura conhecer-te antes de procurares conhecer outra pessoa e esperares que ela saiba quem tu és.
13.Não tentes tanto, as melhores coisas acontecem quando não estás à espera delas

quarta-feira, 13 de junho de 2012

As vezes vale a pena pensar...


Se acordaste hoje mais saudável que doente, tens mais sorte que um milhão de pessoas, que não verão a próxima semana.
Se nunca experimentaste o perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia da tortura, a dor da fome, tens mais sorte que 500 milhões de habitantes no mundo.
Se podes ir à igreja sem o medo de ser preso ou torturado, tens mais sorte que 3 milhões de pessoas no mundo.
Se tens comida na frigorífico, roupa no armário, um tecto sobre a cabeça, um lugar para dormir, considera-te mais rico que 75% dos habitantes deste mundo.
Se tens dinheiro no banco, na carteira ou uns trocos em qualquer parte, considera-te entre os 8% das pessoas com a melhor qualidade de vida no mundo.
Se teus pais estão vivos e ainda juntos, considera-te uma pessoa muito, muito rara.
Se puderes ler esta mensagem, recebeste uma dupla bênção, pois alguém pensou em ti e tu não estás entre os dois mil milhões de pessoas que não sabem ler.
Vale a pena tentar:
·         Trabalha como se não precisasses de dinheiro
·         Ama como se nunca ninguém te tivesse feito sofrer
·         Dança como se ninguém estivesse olhando
·         Canta como se ninguém estivesse ouvindo

terça-feira, 12 de junho de 2012

Estar enamorado


Estar enamorado,
Amigos, é encontrar o nome certo da vida.
É encontrar por fim a palavra
Para fazer frente à morte.
É recuperar a chave oculta
Que abre o cárcere em que a alma está cativa.
É levantar-se da terra 
com uma força que chama de cima.
É contemplar do cume
A razão das feridas.
É notar nuns olhos
Um verdadeiro olhar que nos olha.
É escutar numa boca a própria voz 
profundamente repetida.
É surpreender numas mãos
Esse calor da perfeita companhia.
É suspeitar, definitivamente
Que a solidão da nossa sombra está vencida.
Estar enamorado, amigos, é ouvir no deserto
a cristalina voz de um rio que nos chama.
É governar a luz do fogo
E ao mesmo tempo ser escravo da chama.
É entender o diálogo pensativo
Do coração e da distância.
Estar namorado, amigos,
É assenhorar-se das noites e dos dias.
É contemplar um comboio que corre pela montanha
Com as luzes acesas.
É compreender perfeitamente que não há fronteiras
Entre o sonho e a vigília.
Estar enamorado, amigos, é sofrer
Espaço e tempo com doçura.
É não saber se são nossas, ou não,
As longínquas amarguras.
É regressar à fonte das águas turvas
Da corrente da angústia.
É partilhar a luz do mundo
E ao mesmo tempo partilhar a sua noite escura.
É espantar-se e alegrar-se
Por a lua ser ainda lua.
É comprovar no corpo e na alma
Que a tarefa de ser homem é menos dura.
Estar enamorado é começar a dizer sempre,
E daí em diante não voltar a dizer nunca.
E é, além disso, meus amigos, 
Ter a certeza de ter as mãos puras.


Francisco Luis Bernárdez, Arteplural

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O Amor tudo pode


Ainda que eu fale todas as línguas do mundo,
Se me faltar o amor,
Sou como um bronze que soa ou um sino que toca.
Ainda que eu tenha o dom da profecia
E conheça todos os mistérios e toda a ciência,
Ainda que eu tenha uma grande fé
Capaz de mover montanhas,
Se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens
Para alimentar os pobres e entregue o meu corpo às chamas,
Se me faltar o amor,
De nada me serve.
O amor é paciente, é prestável;
O amor não é invejoso,
Não é arrogante,
Não é orgulhoso,
Não age com baixeza,
Não procura o seu próprio interesse.
O amor não se deixa levar pala ira;
Esquece e perdoa as ofensas.
Nunca se alegra com a injustiça
E rejubila sempre com a verdade.
O amor tudo desculpa, tudo crê,
Tudo espera e tudo suporta.
O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim,
O dom das línguas terminará
E a ciência será inútil,
(porque a nossa ciência é imperfeita
e as nossas profecias limitadas.)
Mas, quando vier o que é perfeito,
O imperfeito desaparecerá.
Quando era criança, falava como criança,
Sentia como criança, pensava como criança,
Mas, quando me tornei homem,
Deixei o que era próprio de criança.
Da mesma forma,
Agora vemos como por um espelho, de maneira difusa,
Mas depois veremos tudo face a face.
Assim, agora permanecem estas três coisas:
A fé, a esperança e o amor.
Mas a maior de todas é o amor.

Saulo de Tarso, Arteplural, Lda.

domingo, 10 de junho de 2012

A vida e o amor


Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.  Às vezes nos falta esperança, mas alguém aparece para nos confortar.  
Às vezes o amor nos machuca profundamente,  e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa. Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar, é nossa razão de existir.  
Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino. 

Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas,  e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.  
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver,  até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um por do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto,  é a força da natureza nos chamando para a vida.  
Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras  e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade. 


Percebe que não há como distinguir os bons e os maus,  pois poucos nascem assim, a vida é que os torna melhores ou piores,  pelas tristezas e felicidades que passaram e experiências vivenciadas.  
É como se a vida fosse formada por corações e cruzes,  onde os corações representam nossos momentos felizes,  o carinho e amor que recebemos, e as cruzes são nossas dores,  decepções, sofrimentos, momentos ruins pelos quais passamos.


Então você poderá entender que alguns de nós vivenciaram  pouquíssimas cruzes e muitos corações o que fará com que  essas pessoas tenham muito mais amor a transmitir,  outras passaram pelo contrário e são predominantemente frias, insensíveis,  buscam coisas materiais, acreditam que os fins justificam os meios,  com essas é preciso ter cuidado, alguns podem mudar e melhorar,  outros podem mudar você e trazê-lo para a realidade deles. 


Assim ao conhecer alguém preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu.  Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando  seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá,  manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo,  pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar. 


Aproveite ao máximo seus momentos de felicidade,  quando menos esperamos iniciam-se períodos difíceis em nossas vidas.  Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento,  manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco, pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado. 


Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário,  existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.Não procure querer conhecer seu futuro antes da hora,  nem exagere em seu sofrimento, esperar é dar uma chance à vida para que ela  coloque a pessoa certa em seu caminho. 


A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna. A felicidade pode demorar a chegar,  mas o importante é que ela venha para ficar  e não esteja apenas de passagem, como acontece com muitas pessoas que cruzam nosso caminho.


Autor: François de Bittencourt


sábado, 9 de junho de 2012

A flor


Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida.O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas.
Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido...
E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.
Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente:uma flor muito cara e raríssima, da qual havia um apenas exemplar em todo o mundo. E disse à ela:
- Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, ás vezes conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.
A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual.
Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.
Ela chegava em casa, olhava a flor e as flores ainda estavam, lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas.
Então ela passava direto.
Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu.
Ela chegou em casa e levou um susto!
Estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas.
A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido. 
Seu pai então respondeu:
- Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família.
Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los,podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama!


E você? Tem cuidado das bênçãos que Deus tem lhe dado? Lembre-se da flor, pois como ela são as bênçãos do Senhor:Ele nos dá, mas nós é que temos que cuidar delas.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

POR QUE DEUS USOU A COSTELA DO HOMEM PARA CRIAR A MULHER?


     Por que Deus criou a mulher da costela do homem, quando poderia simplesmente a ter criado do barro, como fez com o homem? 
Esta é a história em que Deus explica o raciocínio: 
     "Quando Eu criei o céu e a terra, Eu falei e estavam criados. Quando Eu criei o homem, lhe dei formas do barro da terra e soprei a vida através de suas narinas. Mas você, mulher, Eu moldei depois que soprei vida ao homem porque suas narinas são muito delicadas. Eu permiti que um sono profundo caísse sobre o homem pois assim Eu poderia pacientemente e perfeitamente moldá-la. O homem foi posto para dormir de forma que não pudesse interferir na criatividade. De um osso Eu a formei. Eu escolhi o osso que protege a vida do homem. Eu escolhi a costela, que protege o coração e os pulmões e o apoia, como você pretende fazer. Em torno deste osso Eu dei-lhe forma. 
      Eu modelei-a. Eu criei-a perfeita e bela. Suas características são como a costela, forte contudo delicada e frágil. Você fornece a proteção para o órgão mais delicado do homem, seu coração. Seu coração é o centro de seu ser; seus pulmões prendem o soproda vida. A costela permitir-se-á que se quebre antes que permita danos ao coração. Apoia o homem como a costela apoia o corpo. Você não foi feita de um parte de seus pés, para estar sob ele, nem foi feita de parte de sua cabeça, para estar acima dele. Você foi feita de parte de seu lado, para ficar ao lado dele. 
      Você cresceu para ser uma mulher esplêndida por excelência, e meus olhos enchem-se quando Eu vejo virtude em seu coração. Seus olhos: não os mude. Seus lábios: tão encantadores quando reza. Seu nariz assim perfeito na forma, suas mãos tão macias para setocar. Eu acaricio seu rosto durante seu sono mais profundo; Adão andou comigo mas estava sempre só. Não podia Me ver e nem Me tocar. Então, Eu formei em você: minha santidade, minha força, minha pureza, meu amor, minha proteção e sustentação. Você é especial porque você é a minha extensão. 
       O homem representa a minha imagem, a mulher - as minhas emoções. Juntos, vocês representam a totalidade de Deus. Então homem: trate bem da mulher. Ame-a, respeite-a, pois ela é frágil. Ao feri-la, você feriu-me. O que lhe faz, você me faz. Ao esmagá-la,você estará danificando seu próprio coração e o coração de seu Pai. Mulher, apoie o homem. Na humildade, mostre-lhe a força da emoção que Eu lhe dei. Na tranqüilidade, mostre sua própria força. No amor, mostre-lhe que você é a costela que protege seu próprio espírito". 


Desconheço o autor. 
Tradução: SergioBarros 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O ÚLTIMO SORRISO DE MAMÃE


Aborrecida com minha perda, nem notei o quanto era duro o banco onde estava sentada. Eu estava no funeral de minha melhor amiga - minha mãe. Ela tinha finalmente perdido sua longa batalha contra o câncer.
Sempre apoiando, minha mãe aplaudia o mais ruidosamente em todos os meus jogos na escola, atenciosa e carinhosa ao escutar sobre minha primeira mágoa amorosa, confortou-me quando meu pai morreu, incentivou-me na faculdade, e rezou por mim a minha vida inteira.
Quando a doença de minha mãe foi diagnosticada, minha irmã tinha acabado de dar à luz e meu irmão tinha casado recentemente com seu amor de infância, assim restava eu, aos vinte e sete anos, para cuidar dela. Eu aceitei como uma honra.
- E agora, senhor? - Eu perguntei, sentada na igreja. Minha vida estende-se à minha frente como um abismo vazio.
Meu irmão sentou-se, mantendo o autocontrole, voltado para a cruz na parede e segurando a mão de sua esposa. Minha irmã sentada com a cabeça deitada no ombro de seu marido, seus braços em torno dela embalando-a como a uma criança. Todos sofrendo tão profundamente que não pareciam notar o quanto eu estava só.
Minha vida tinha sido com nossa mãe, preparando suas refeições, ajudando-a em sua caminhada, levando-a ao médico, observando a sua medicação, lendo-lhe a bíblia. Agora era com o senhor. Meu trabalho estava terminado, e eu estava sozinha.
De repente, eu ouvi a porta se abrir nos fundos da igreja. Passos rápidos pelo assoalho atapetado. Um homem olhou ao redor e sentou-se então ao meu lado. Seus olhos estavam cheios de lágrimas.
- Me desculpe por estar atrasado - ele explicou, embora nenhuma explicação fosse necessária.
Após diversos elogios, virou-se para mim e perguntou,
- Porque você insiste em chamar Mary pelo nome de Margarete?
- Por que Margarete era seu nome. Nunca Mary. Não tem ninguém chamado Mary. Eu sussurrei.
Eu quis saber porque aquele homem não se sentou no outro lado da igreja. Mantinha-se interrompendo minha aflição com suas lágrimas e inquietação. Quem era este desconhecido?
- Está errado. - Ele insistiu, olhando de relance para as pessoas que sussurravam. - Seu nome é Mary, Mary Peters.
- Acho que você está no funeral errado. Eu disse.
- Aqui não é a igreja Luterana?
- Não. A igreja Luterana é do outro lado da rua. Eu acredito que você está mesmo no funeral errado, senhor.
A formalidade da ocasião misturada com a mancada do homem fez-me rir. Eu cobri meu rosto com minhas mãos, esperando que o ruído fosse interpretado como choro.
O banco rangeu em algum lugar. Os olhares dos outros parentes só fizeram com que a situação parecesse mais hilariante. Eu espreitei o homem desconcertado ao meu lado. Estava rindo, também. Decidiu que estava muito atrasado para sair. Eu imaginei minha mãe rindo.
Terminada a cerimônia, dirigimos-nos ao estacionamento.
- Acho que seremos o comentário da cidade! Ele disse e sorrimos. Disse que seu nome era Rick e já que tinha faltado ao funeral de sua tia, me convidou para um café.
Naquela tarde começou a minha jornada ao longo da vida ao lado deste homem, que apareceu no funeral errado, mas estava no lugar certo. Um ano depois de nosso encontro, nos casamos. Desta vez chegamos na mesma igreja, na hora certa.
No momento de minha tristeza, Deus me deu o sorriso. Ao invés de solidão, Deus me deu o amor.
Em junho passado nós comemoramos nosso vigésimo segundo aniversario de casamento.
E sempre que alguém nos pergunta como nós nos conhecemos, Rick responde,
- A mãe dela e minha tia Mary nos apresentaram, e este é um fato criado no céu.

Tradução de Sergio Barros do texto de Robin Lee Shope

quarta-feira, 6 de junho de 2012

TIJOLO SOBRE TIJOLO


Um pequeno riacho é calmo e relativamente inofensivo, mas vários riachos podem se agrupar e formar um poderoso rio, de enorme força. Uma leve garoa é macia e agradável, mas se pudessem unir suas forças, várias garoas poderiam formar tempestades capazes de derrubar prédios.  
Coisas grandes são formadas de pequenas coisas. 
Para aprender a controlar as grandes coisas devemos começar fazendo as pequenas e fazê-las repetidas vezes. Isto é como colocar um tijolo sobre o outro e, devagarinho, ir formando uma sólida e forte parede. Fácil como levantar o telefone e fazer uma ligação de prospecção e, de telefonema em telefonema, ir construindo uma base maciça. É colocar os pensamentos no papel e formar uma obra-prima. 
Toda realização é construída de pequenos passos. Planeje seus passos. Dê o primeiro, depois outro, e você conquistará seus objetivos. 


Autor Anônimo

terça-feira, 5 de junho de 2012

A importância do exemplo


Napoleão Bonaparte, sem dúvida, foi um dos maiores líderes que 
este mundo já conheceu. Certa vez, seu exército estava se preparando para 
uma das maiores batalhas. As forças adversárias tinham um contingente 
três vezes superior ao seu, além  de um equipamento mais moderno. 
Napoleão avisou a seus generais que  ele estava indo para a frente de 
batalha, e estes procuraram convence-lo a mudar de idéia: 
- Comandante, o senhor é o império. Se morrer, o império deixará 
de existir. A batalha será muito difícil. Deixe que cuidaremos de tudo. Por 
favor, fique. Confie em nós. 
Tudo em vão; não houve nada que o fizesse mudar de idéia. No 
meio da noite, o general Junot, um de seus brilhantes auxiliares e também 
amigo, procurou-o e, de novo, tentou mostrar o perigo de ir para a frente da 
batalha. Napoleão olhou-o com firmeza e disse: 
- Não tem jeito, eu vou. 
- Mas por que, comandante? 
- É mais fácil puxar do que empurrar! 


Alexandre Rangel 
(As mais belas parábolas de todos os tempos, ed. Leitura)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

AS ETAPAS DA FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA MORAL


O psicólogo e pedagogo Jean Piaget realizou, a partir de uma pesquisa com crianças dos bairro de Genebra, na Suíça, um estudo pioneiro sobre o desenvolvimento do critério moral. Segundo ele, a formação da consciência moral na pessoa segue, basicamente, quatro etapas:


1ª ETAPA - ANOMIA (do grego a, "negação, ausência", + nomos, "lei" = sem lei) É a etapa do comportamento puramente instintivo, que se orienta apenas pelo prazer e pela dor. A criança procura o prazer e foge da dor, sem relacioná-los a normas morais.
No adulto, a anomia revela um nível muito baixo de moralidade, ou seja, falta de responsabilidade e de ideal moral. Exemplificando, seria o caso do motorista que "voa" com seu automóvel apenas pelo prazer de correr, sem considerar as consequências de seu ato.


2ª ETAPA - HETERONOMIA (do grego héteros, "outros", + nomos, "lei" = lei estabelecida ou imposta por outro). Nesta fase, a criança obedece às ordens para receber a recompensa ou para evitar o castigo.
Entre adultos, é o caso do motorista que observa as leis de trânsito só para não ser multado.


3ª ETAPA - SOCIONOMIA (do latim socius, "companheiro, colega", e do grego nomos, "lei" = lei interiorizada do convívio). Nesta etapa, os critérios morais da criança vão se afirmando por meio de suas relações com outras crianças. Ela vai interiorizando as noções de responsabilidade, obrigação, respeito, justiça. Começa a não fazer aos outros o que não gostaria que fizessem a ela. Age sempre buscando a aprovação ou evitando a censura dos outros.
Entre adultos, é o caso do motorista que dirige preocupado consigo mesmo e sobretudo com o que os outros pensam dele.


4ª ETAPA - AUTONOMIA (do grego, autós, "próprio", = nomos, "lei" = lei própria). Nessa fase, a criança já interiorizou as normas morais e passa a comportar-se de acordo com elas.
É a etapa mais elevada do comportamento moral.
Entre adultos, é o caso do motorista que, na direção do automóvel, orienta-se pelas leis de trânsito e por seus próprios princípios internos de conduta.

domingo, 3 de junho de 2012

Desenvolver uma equipe de sucesso!


Na minha atividade como escritor e mesmo como profissional de palestras, mostro que o ser humano estará sempre viajando por dois caminhos, ou seja, os motivados que fazem... E os desmotivados que reclamam. Há pessoas que ouvem bons conselhos e pessoas que os desprezam.
A liderança hoje precisa saber conviver com as diferenças individuais e saber trabalhar o potencial de cada um. A falta de motivação é hoje apontada por 85% dos líderes como o grande desafio para atingir metas e objetivos.
Existem empresários que investem no CGC, isto é, na pessoa jurídica, no seu negócio e outros no CPF, isto é, na pessoa física, desviam para o particular. A conseqüência da decisão e atitude de cada um vai determinar e dar o tom de sucesso ou fracasso do negócio. O mundo que vivemos é um mundo de escolhas.
Eu penso assim: Viver não dói: O que dói é a vida que não se vive. Isto é, vivemos num mundo de oportunidades e o meu conteúdo mostra ao ser humano a viabilidade de praticar resultados com qualidade de vida.
Se por um lado o “amor” não enche barriga, não constrói empresas, pontes ou hospitais, todo o “dinheiro” do mundo também não constrói nada disso se não houver esse nobre sentimento. Equilíbrio é a palavra certa!
Qualidade de vida é se colocar em ação, em movimento. O que não pode é ficar sentado esperando a vida acontecer, até porque, o sucesso ou a felicidade não caem de paraquedas no quintal de ninguém.
Motivar é mostrar um caminho real para as pessoas, dar sentido às coisas e apontar metas.
A qualidade não começa com algo, começa com alguém... O caminho é a liderança ser mais humana, enxergar o potencial dessas pessoas e trabalhar a longo prazo na definição do seu negócio e na definição da carreira dessas pessoas... Por conseqüência, o mercado.
Não existe mercado parado... Existe gente parada!
A gestão de pessoas, hoje, é um caminho de mão dupla: Tem que ter ação e estratégia das empresas... E motivação das equipes. Quando uma das partes falha, compromete resultados.
Palavras são palavras, desculpas são desculpas, promessas são promessas... Nós vivemos de resultados!
Nós propomos uma visão além do horizonte:
Não há sucesso sem comprometimento
Não há comprometimento sem motivação


Pense nisso, um forte abraço e fique com Deus!


Autor: Gilclér Regina

sábado, 2 de junho de 2012

Prática de conscientes boas ações


Somos realmente criaturas intrigantes, somos capazes de boas realizações, mas também de ações irresponsáveis ou simples omissão.
Observaram que existe no mundo um grande número de pessoas que dedicam a sua vida pra nos servir? Diretamente ou indiretamente?
Onde muitas destas pessoas não recebem remuneração em espécie alguma, a não ser a de um mágico prazer, que somente elas o reconhecem, neste ato de se entregar totalmente na ajuda ao próximo.
Recentemente colaborei com um projeto da filha de um amigo do trabalho, que após terminar a faculdade, foi trabalhar voluntariamente num programa de ajuda humanitária, desenvolvido pra eliminar a fome em países de extrema pobreza na África, e cujos custos de viagem e subsistência neste continente têm que ser arcados pelo voluntário.
E este é apenas um pequeno exemplo de que existem pessoas que têm outra visão de mundo, e que embora sejam muitas, são insuficientes e estão muito aquém de provocar uma mudança com a força necessária pra deixar este planeta quase redondo mais digno pra todos os seus habitantes.
Estou longe de desejar que alguns poucos privilegiados hesitem por segundos, neste momento, de assinar aquele cheque da compra da sua nova Ducati Diavel, ou qualquer outra extravagância que seus justos atributos conseguirão conquistar. Mesmo no nível da maioria de nós pobres mortais, de nos provocar uma certa culpa pelas nossas pequenas extravagâncias. Não é isso.
A nossa proposta é outra. A nossa proposta é: PENSEM NISSO!
E façam algo diferente, e que não necessariamente irá afetar os teus recursos próprios e tuas extravagâncias, mesmo pequenas.
O que mais existe no mundo, nas sociedades e pessoas, são os desperdícios.
Imaginem se canalizássemos estes desperdícios para estas causas sérias de ajuda humanitária, de ajuda ao próximo.
De fato, numa pequena proporção, foi o que fez esta corajosa filha do meu amigo, que obteve, na média, uma quase desprezível doação em dinheiro de diversos conhecidos e simpatizantes desta bela causa e missão.
Canalizou algo com a nossa pequena e individual doação, que teria alto potencial de virar desperdício em muitos de nós, podendo assim entendermos, somando-a com o seu desperdício de tempo, também no provável entendimento dela, resultando em algo realmente valioso pra ela e a humanidade.
Poderíamos interromper esta escrita e leitura neste ponto, que já estava bom, mas existem outros interessantes desafios pra todos na seqüência deste raciocínio.
Desde de bem pequeno, sempre senti um imenso prazer de me dedicar ao simples ato de observar o mundo e as pessoas. Nada complexo, apenas contemplar cenários e observar.
Observar toda esta dinâmica de comportamentos, das pessoas, dos eventos da natureza, dos eventos do mundo, do movimento na rua, enfim, das diversas expressões e acontecimentos de todas as coisas no dia-a-dia.
E nesta observação, entendendo que antes de ser certo ou errado, tudo acontece, ou não, por uma simples razão, na maioria das vezes.
E que muitos destes atos, “por uma simples razão”, podem se tornar as tais boas realizações ou ações irresponsáveis.
Penso que consciência das coisas a grande maioria das pessoas têm, mas ao agirmos no dia-a-dia em “stand by” com ela, ou num estado de infraconsciência, parcialmente autônomo, e que nos permite agir num determinado meio sem cálculo ou controle consciente, nos tornamos reféns dos nossos próprios e mais toscos sentimentos de desconfiança, insegurança, pessimismo, inveja,... que por desleixo e reação, estão sempre à mão.
A vida não precisa ser feita de grandes realizações, ela sim de outra forma será grande, se praticarmos pequenas e boas ações no nosso dia-a-dia.
A nossa busca pode estar no simples direcionamento de nossos infinitos desperdícios, sejam originários no nosso tempo ocioso, nas nossas eternas discussões que não levam a nada, nas nossas intermináveis disputas onde só restarão perdedores, nas palavras ditas pela boca e não pela alma e coração, na fomentação de intrigas, na distância do que pregamos com o que de fato fazemos e até de parte das nossas economias que jogamos no lixo. Porque não?
Canalizando todas estas boas oportunidades na supraconsciência de cada um, pela qual temos conhecimento de que somos movidos por uma teia de dimensões que afeta a nossa vida, e com a qual interagimos com as de todos, mantendo-a ativa na observação e entendimento de todas as coisas do nosso dia-a-dia.
E por fim praticando.
Praticando conscientes boas ações, sem culpa e abrir mão de qualquer outro importante recurso próprio.
Pensem nisso. E façam algo realmente diferente, meus caros amigos motociclistas e triciclistas.


Autor: Reinaldo Brosler

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Caminhos de aventuras e destinos incertos


De motocicleta e sem destino, percebi que estava a algum tempo numa estrada que não conhecia.
O dia começava a ficar escuro, com nuvens carregadas e prestes a desabar em chuva, ventania e trovoadas.
O asfalto parecia cada vez pior, com trincas, desgastes, buracos e escassez crescendo em tamanho e quantidade.
A ausência de veículos e pessoas na estrada, e casinhas às suas margens, nos dois sentidos, assustava.
Com a preocupação e atenção no marcador de combustível, imaginei que não dava mais pra voltar.
Ruídos no motor, suspensão e acessórios davam a contínua impressão que algo podia estar errado.
A decisão quase inconsciente era a de seguir em frente, pra ver onde e como tudo isso iria acabar.
Nos momentos de tensão e contemplação da desolada paisagem, partes do passado vinham à mente.
Visões caóticas de lembranças fragmentadas e sem nenhuma ordem cronológica e nível de importância.
Todas associadas às minhas muitas culpas, sob meu ponto vista, mesmo que de fato não fossem minhas.
Intimamente, as nossas angústia nos são muito mais perceptíveis do que os nossos sucessos e vitórias.
Aflito, via o cada vez mais desgastado asfalto e escuridão passando abaixo e a frente da motocicleta.
Dupla razão da acelerada pulsação, na constante busca pela aventura em duas rodas e incerto destino.
Um leve temor, apesar do seguro e delicioso som do roncar do motor e vento, estava sempre presente.
De repente tudo começa a clarear, e os sol, céu azul, pessoas, veículos e comunidades surgem do nada.
A premente insegurança pelo desconhecido destino desaparece, me reencontrei, e com todas as outras coisas.
Que voltaram a ser o que sempre foram, e que de fato, nunca deixaram de ser, em instante algum, a não ser pra mim.
Não somos capazes de transpor todos os obstáculos da vida, alguns estão fora do nosso controle, estão acima das nossas capacidades.
Por mais que nos esforcemos com as nossas garra, determinação e obstinação, não conseguiremos.
Certos momentos da nossa vida nos fazem caminhar, parecem, rumo ao desconhecido, por entre tempestades, escuridões e caminhos inóspitos,
quase que incontrolavelmente, nos abstraindo da nossa cotidiana realidade.
Onde nos fechamos completamente, onde o nosso conhecido mundo desaparece, embora amigos, motocicletas e estradas estejam bem ali,
como sempre estiveram.
Ao lidar com estes obstáculos intransponíveis, e suas dores, o nosso tempo e futuro se estreitam, nos fazendo seguir por ríspidos caminhos,
e nestes instantes, sem saída.
Estando impotentes, dar tempo ao tempo é a única. Quando de repente tudo poderá voltar ao seu estado natural, ou bem próximo.
Quando a gente poderá voltar às estradas, com amigos, motocicletas e destinos, tendo a oportunidade de fazer desta momentânea ausência e sofrimento,
razão maior para renovar nossas convicções que a vida deve ser permeada de amizade, irmandade, bem querer ao próximo e todos os seus positivos vínculos.
O tempo e a vida urgem, de preferência, em duas rodas.


Autor: Reinaldo Brosler