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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DESEJO DE TUDO...um pouco!

Sensibilidade ...
Para não ficar indiferente diante das belezas da vida ...
Coragem ...
Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade.
Solidariedade ...
Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade.
Bondade ...
Para não desviar os olhos de quem te pede ajuda.
Tranquilidade ...
Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos anjos.
Alegria ...
Para você distribuí-la, colocando um sorriso no rosto de alguém.
Humildade ...
Para você reconhecer aquilo que você não é.
Sinceridade ...
Para você ser verdadeiro,gostar de si mesmo,e viver melhor.
Felicidade ...
Para você descobri-la dentro de você e doá-la a quem precisar.
Amizade ...
Para você descobrir que, quem tem um amigo,tem um tesouro.
Esperança ...
Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança.
Sabedoria ...
Para entender que só o bem existe,o resto é ilusão.
Desejos ...
Para alimentar o seu corpo,dando prazer ao seu espírito.
Sonhos ...
Para poder, todos os dias,alimentar sua alma.
Amor ...
Para você ter alguém para amar e sentir-se amado.
Para você desejar tocar uma estrela,sorrir para a lua.
Sentir que a vida é bela,andando pela rua.
Para você descobrir queexiste um sol dentro de você.
Para você se sentir feliz a cada amanhecer e saber que o amor é a razão maior para viver.
Mas, se você não tiver um amor,que nunca deixe morrer em você,a procura.
O desejo de o encontrar.
Tenha de tudo, um pouco...

domingo, 30 de outubro de 2011

A Mochila e as Pedras

Um fervoroso devoto estava atravessando uma fase muito penosa de sua vida, com graves problemas de saúde em família e sérias dificuldades financeiras. Por isso orava diariamente pedindo que o livrassem de tamanhas atribulações.

Um dia, enquanto fazia suas preces, um anjo lhe apareceu, trazendo-lhe uma mochila e a seguinte mensagem:

O Senhor se compadeceu da sua situação e lhe manda dizer que é para você colocar nesta mochila o máximo de pedras que conseguir, e carregá-la com você, em suas costas, por um ano, sem tirá-la por um instante sequer. Manda também lhe dizer que, se você fizer isso, no final desse tempo, ao abrir a mochila, terá uma grande alegria. E desapareceu, deixando o homem bastante confuso e revoltado.

"Como pode o Senhor brincar comigo dessa maneira? Eu oro sem cessar, pedindo a Sua ajuda, e Ele me manda carregar pedras?" Já não me bastam os tormentos e provações que estou vivendo? "Pensava o devoto. Mas, ao contar para sua mulher a estranha ordem que recebera do Senhor, ela lhe disse que talvez fosse prudente seguir as determinações dos Céus, e concluiu dizendo:

Deus sempre sabe o que faz...

O homem estava decidido a não fazer o que o Senhor lhe ordenara, mas, por via das dúvidas resolveu cumpri-la em parte, após ouvir a recomendação da sua mulher. Assim, colocou duas pedras pequenas, dentro da mochila e carregou-a nas costas por longos doze meses.

Findo esse tempo, na data marcada, mal se contendo de tanta curiosidade, abriu a mochila conforme as ordens do Senhor e descobriu que as duas pedras que carregara nas costas por um ano inteiro tinham se transformado em pepitas de ouro... , apenas duas pequenas pepitas.

Todos os episódios que vivemos na vida, inclusive os piores e mais duros de se suportar, são sempre extraordinárias e maravilhosas fontes de crescimento.

Temendo a dor, a maioria se recusa a enfrentar desafios, a partir para novas direções, a sair do lugar comum, da mesmice de sempre.

Temendo o peso e o cansaço, a maioria faz tudo para evitar situações novas, embaraçosas, que envolvam qualquer tipo de conflito.

Mas aqueles que encaram para valer as situações que a vida propõe, aqueles que resolvem "carregar as pedras", ao invés de evitá-las, negá-las ou esquivar-se delas, esses alcançam a plenitude do viver e transformam, com o tempo, o peso das pedras que transportaram em peso de sabedoria.

Como está sua mochila?
Autor desta Mensagem: Autor Desconhecido

sábado, 29 de outubro de 2011

Não Espere

Não espere um sorriso para ser gentil
Não espere ser amado para amar
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está ao seu lado
Não espere ficar de luto para reconhecer o que hoje é importante em sua vida
E especialmente quem hoje é importante em sua vida

Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar
Não espere a queda para lembrar-se do conselho
Não espere a enfermidade para reconhecer o quão frágil é a vida
E quanto você deve cuidar dela

Não espere pessoas perfeitas para se apaixonar
Não espere a mágoa para pedir perdão
Não espere a separação para buscar a reconciliação
Não espere a dor para acreditar em oração ou adquirir a fé
Não espere elogios para acreditar em si mesmo
Enfim, não espere

Não espere ter tempo para servir
E não espere que o outro tome a iniciativa se você foi o culpado
Não espere o "eu te amo" para dizer "eu também"
Não espere ter dinheiro aos montes para contribuir e ajudar alguém

Pare de esperar
A vida é feita do presente
É vivida hoje
Se aprende com o passado
Se deseja coisas para o futuro
Se sonha com o futuro
Mas se vive no presente

Portanto,
Não espere o dia da sua morte
Sem antes amar a vida verdadeiramente
Somente você é capaz de não esperar.
Autor desta Mensagem: Autor Desconhecido

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

História de fé

Quando a revolução comunista, no ano de 1919, criou uma situação política muito ruim, na Rússia, uma extraordinária jovem de apenas 20 anos decidiu abandonar o seu país.
Seu nome era Catarina de Hueck e ficou conhecida somente pelo seu título, a baronesa.
Chegou a Londres grávida do primeiro filho e sem recursos. Um tio que residia na América do norte lhe falou de Nova Iorque, onde a riqueza era tanta que os dólares caíam das árvores e ela foi viver em Nova Iorque.
Trabalhou numa lavanderia onde ganhava oito dólares, dos quais mandava dois para o marido e o filho que tinham ficado no Canadá.
Tentou escrever para jornais, contando casos de guerra da Rússia que tão bem conhecia, mas ninguém se interessou.
Buscou uma instituição de caridade onde foi maltratada e humilhada. Nesse dia, pensou em se suicidar. Dirigiu-se até o rio Hudson e ficou olhando as águas. Foi quando ouviu uma voz: "ei, loirinha, o que você está fazendo aí?" Era um motorista de táxi. "quer que eu a leve para algum lugar?"
Ela respondeu: "não tenho para onde ir, nem dinheiro para pagar o táxi."
"Diga a verdade", continuou o homem, "você estava pensando em pular na água. Nota-se pela sua cara de fome."
Ele a convidou para comer um hambúrguer. Ela desconfiou. Ele insistiu. Era um pai de família e religioso praticante.
Ela foi para a casa dele e passou dois dias com sua família. Depois, ele lhe emprestou dinheiro para pagar a pensão.
Ela voltou a procurar emprego e, no frio da manhã, foi orando: "meu Deus, perdoa-me aquele pensamento de desespero ao lado do rio. Ajuda-me a arranjar um emprego."
Naquele momento, um vento forte lhe lançou no rosto um pedaço de papel. Era uma folha de anúncios de jornal, pedindo empregadas domésticas.
Catarina se animou. Era a primeira vez que ela via uma resposta a uma oração em vez de vir do céu, vir do chão, trazida pelo vento, num pedaço sujo de jornal.
Ela pensou: "Deus é muito estranho mesmo. Manda motoristas de táxi atrás de uma jovem desesperada, fala na voz dos ventos, e responde até pelo jornal."
Mais tarde, se tornou rica proferindo conferências pela América, contando a sua história.
Em outubro de 1930 ela fundou as casas da amizade e mais tarde, numa ilha que lhe foi doada, no Canadá, o Madonna House, uma obra que ampara criaturas necessitadas.

.......................

Por mais difíceis que sejam os problemas, jamais pense em desistir. Sempre existe alguém que pode ajudar você. E quase sempre esta pessoa está muito perto.
Olhe, procure, conte a sua dificuldade.
Seja qual for a provação, entregue-se a Deus em confiança. Ele é o caminho.
Aguarde um pouco mais, na fé e o auxílio alcançará você.
Desistir, nunca!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Amizade

Você já parou para pensar sobre o valor da amizade?
Às vezes nos encontramos preocupados, ansiosos,em volta há situações complicadas, nos sentindo meio que perdidos, mas somente o fato de conversarmos com um amigo,desabafando o que nos está no íntimo, já nos sentimos melhor, mesmo que as coisas permaneçam inalteradas.
Quantas vezes são os amigos que nos fazem sorrir quando tínhamos vontade de chorar, mas a sua simples presença traz de volta o sol a brilhar em nossa vida.
A simplicidade das brincadeiras pueris, da conversa informal,
momentos de descontração que muitas vezes pode ser numa conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite, no ambiente de trabalho ou de escola, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.
Podemos comparar esse elo de amizade ao tempo que passa por alterações climáticas constantemente, mas é dessa forma que aprendemos a nos conhecer, compartilhar momentos, que se desenvolve uma amizade.
Diante do amigo somos nós mesmos, deixamos vir à tona nossos pensamentos a respeito das coisas, da vida, nos mostramos como verdadeiramente somos.
Há amigos que nos ensinam muito, nos fazem enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido,
compartilham a sua experiência conosco, nos falam usando da verdade que buscamos encontrar.
São eles também que nos chamam a razão, chamando a nossa atenção quando agimos de modo contraditório, que nos dizem coisas que não queremos ouvir, aceitar, compreender.
Ao longo de nossa vida muitos amigos passam por ela e nos deixam saudade, mas também deixam a recordação de tudo que foi vivido.
É na amizade verdadeira que encontramos sinceridade, lealdade,afinidade, cumplicidade, simplicidade, fraternidade.
Amigos são irmãos que a vida nos deu para caminhar conosco ao longo da nossa jornada espiritual, extrapolando os limites do tempo, continuando quando e onde Deus assim o permitir.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um rei se apercebeu que se soubesse a hora certa de agir, quem eram as pessoas mais necessárias e o mais importante a ser feito, nunca falharia no que fizesse.
Procurou um homem sábio para se aconselhar. Vestiu roupas simples, e antes de chegar ao destino, apeou do cavalo, deixou seus guarda-costas para trás e foi sozinho.
O sábio estava cavando o chão em frente à sua cabana. O rei chegou e falou: "Vim aqui porque preciso que me responda três perguntas: como posso aprender a fazer o que é certo na hora certa?
Quem são as pessoas às quais devo prestar maior atenção?
Quais os assuntos aos quais devo conceder prioridade?"
O sábio não respondeu e continuou a cavar. Estava fraco e inspirava profundamente, a cada golpe.
O rei se ofereceu para cavar em seu lugar e preparou duas extensas sementeiras. Sem receber nenhuma resposta às suas perguntas, quase ao final da tarde, disse: "Vim até aqui para obter respostas. Se não pode me dar nenhuma, então me diga que vou embora."
Nisso, um homem barbado saiu correndo da floresta. Estava ferido e caiu desmaiado, gemendo baixinho.
O rei e o sábio o socorreram. Havia uma grande ferida em seu corpo. O rei a lavou e a cobriu com seu lenço e uma toalha do sábio.
O sangue continuou a jorrar. Muitas vezes o rei lavou e cobriu a ferida.
Finalmente, a hemorragia parou. O homem foi levado para a cama e adormeceu. A noite chegou. O rei sentou-se na entrada da cabana e, cansado, adormeceu.
Ao despertar pela manhã, demorou um pouco para se dar conta de onde estava. Voltou-se para dentro. O homem ferido o olhou e lhe pediu perdão.
"Não tenho nada para lhe perdoar", disse o rei. "nem o conheço."
"Mas eu o conheço. O senhor prendeu meu irmão e jurei acabar com sua vida. Quando soube que o senhor vinha para cá, também vim. Esperei na floresta para matá-lo pelas costas.
Mas o senhor não voltou. Saí de minha emboscada e seus guarda-costas me viram. Foram eles que me feriram. Fugi deles. Teria sangrado até a morte se não me tivesse socorrido.
Majestade! Se eu sobreviver, serei o mais fervoroso de seus servos."
O rei ficou satisfeito por ter conseguido a paz com seu inimigo tão facilmente. Disse que mandaria seu médico para o atender.
Levantou-se e procurou o sábio que estava agachado, plantando nas sementeiras cavadas no dia anterior.
"Então, vai responder às minhas perguntas?"
Erguendo os olhos, o sábio lhe respondeu:
"O senhor já tem todas as suas respostas."
E ante a indagação da real figura, explicou:
"Se sua majestade não tivesse ficado condoída da minha fraqueza ontem e cavado essas sementeiras para mim, indo embora, teria sido atacado por aquele homem.
Teria assim se arrependido de não ter permanecido comigo. Por isso a hora mais importante foi quando cavava as sementeiras.
Eu era o homem mais importante. Fazer-me o favor foi o mais importante.
Depois, quando o quase assassino chegou correndo, a hora mais importante foi quando cuidava dele. Se não tivesse cuidado da sua ferida, ele teria morrido sem estar em paz consigo.
Por isso, ele era o homem mais importante. O que foi feito por ele foi o mais importante.
Então, só existe um momento importante, o agora.
O homem mais necessário é aquele com quem você está, pois ninguém sabe se vai tornar a lidar com outro alguém.
O assunto mais importante é fazer o bem para esse com quem se está, pois esse é o grande propósito da vida.

...............

A hora de agir é agora. O local onde você está é o mais ajustado e as pessoas que estão com você as ideais para a sua vida e o seu crescimento.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Necessidades e qualidades

O mundo corporativo nos proporciona alguns conhecimentos que podem perfeitamente ser aplicados na busca de uma melhor qualidade de vida, nossa e de todo mundo, mesmo que utilizemos apenas os seus conceitos.
A metodologia denominada QFD, abreviatura de Quality Function Deployment, que significa Desdobramento da Função Qualidade, é uma delas. Embora tenha uma estrutura formalizada de desenvolvimento, é quase uma filosofia, e apesar de não ser muito nova, é super moderna, atual e poucas empresas fazem proveito dela.
Não se preocupem, este foi o único momento que essas sigla e denominações, que se apresentam como algo complexo ou jargão de marketing pra vender alguma coisa, serão mencionadas.
Como uma metodologia e ferramenta de qualidade aplicada às corporações pode proporcionar pra gente os benefícios mencionados?
A idéia central dessa proposição está na compreensão de alguns conceitos que fazem um grande sentido, os quais podem ser vistos perfeitamente aos nossos olhos como excelentes oportunidades de crescimento, como ser humano e pessoa em todos os nossos contextos.
Uma verdade que vamos definir como premissa: somos o mais importante e maior CLIENTE do nosso próprio corpo e mente.
Isso posto, e como esses clientes, temos diversas necessidades que precisam ser supridas para que possamos desfrutar de uma vida que desejamos ser da maior qualidade.
Reordenando, isto é, são todas as coisas que o nosso corpo e mente precisam prover pra nós mesmos, "ouvindo" a verdadeira necessidade dos clientes. Quer dizer, nós!
Necessidades versus qualidades.
Qual são exatamente as nossas necessidades pra que tenhamos uma vida com qualidade? Vixe (sic)!!!
Um aparte com a afirmação de que as nossas necessidades reais são quase sempre camufladas por uma necessidade aparentemente simples. Por exemplo, fazendo um paralelo com o nosso dia-a-dia, quando observamos e citamos a nossa necessidade de sentar, estamos simplificando e nos abstraindo das reais necessidades de sentar para descansar, trabalhar, se entreter e se alimentar. Quais destas necessidades queremos que sejam satisfeitas? Todas, certamente. Mas elas tem o mesmo nível de importância? Guardem essa questão.
Outro aparte, concatenando a nossa percepção de qualidade satisfeita, afirmamos que ela é influenciada por 3 tipos características da qualidade, que a transformam em qualidade óbvia, linear e atraente. Calma, é simples e interessante, vamos explicar.
A qualidade óbvia é aquela primária, oferecida por algo que cumpra uma necessidade básica, fazendo novamente um paralelo, do tipo um cachorro quente pra ser consumido precisa estar quente ou que uma carteira de dinheiro seja do tamanho ou maior do que as notas que ela vai armazenar. É aquela qualidade que atende uma necessidade que simplesmente não admitimos que não seja atendida.
A qualidade linear é aquela que quanto maior o valor do atendimento de uma necessidade mais satisfeito a gente fica, naquele paralelo, do tipo o tempo que dura a carga da bateria do celular ou quantos quilômetros são percorridos por uma motocicleta com 1 litro de gasolina. É aquela qualidade que atende uma necessidade condicionando a nossa satisfação, deixando-a em alta ou em baixa, dependendo de quanto maior seja o valor atendido.
A qualidade atraente é aquela que nos fornece algo pra atender uma necessidade que não esperávamos ser atendida, que nos surpreende ou que vai além do que qualquer outro atende, no paralelo, do tipo uma motocicleta que tenha o GPS sincronizado e incorporado ao seu painel ou um capacete que projete informações de velocidade e rotação do motor na sua viseira. É aquela qualidade que a falta do atendimento de uma necessidade inesperada ou desconhecida não traz necessariamente uma insatisfação, mas a sua presença a diferencia de todas as outras.
Se perguntarmos a um estereotipado brasileiro "esperto" quais as necessidades que ele deveria ter atendidas para que tivesse uma vida com qualidade, é certo que estaria neste rol ter bastante dinheiro pra ser rico e se tornar poderoso, famoso e desejado. Praticamente isso. Simples não é? Ô!!!
Se fizéssemos o raciocínio contrário, descobrindo e relacionando todas as nossas reais necessidades pra que atingíssemos a verdadeira qualidade de vida, como clientes que somos dos nossos provedores, constituídos pelo corpo e mente de cada um, quais qualidades buscaríamos alcançar como seres humanos?
Imaginem se pegássemos todas estas qualidades, as desdobrassem por função, ordem de importância e característica quanto ao verdadeiro sentido de trazer benefícios pra nós e todas as pessoas, ou seja, nos trazer qualidade de vida.
Cremos que no grupo da qualidade óbvia estariam qualificadas as pessoas honestas, modestas, confiáveis, íntegras, sinceras, humildes, equilibradas e honradas. Que estariam em conformidade com a qualidade que atende uma necessidade que simplesmente não admitimos que não seja atendida.
No grupo da qualidade linear estariam qualificadas as pessoas bondosas, alegres, compreensivas, solidárias, simpáticas, generosas, tolerantes, altruístas, gentis e amigáveis. Que estariam em conformidade com a qualidade que atende uma necessidade condicionando a nossa satisfação, deixando-a em alta ou em baixa, dependendo de quanto maior seja o valor atendido.
E no grupo da qualidade atraente estariam qualificadas as pessoas belas, charmosas, modernas, otimistas, humoradas, criativas, sábias e impressionantes. Que estariam em conformidade com a qualidade cuja falta do atendimento dessa necessidade inesperada ou desconhecida não traria necessariamente uma insatisfação, mas a sua presença a diferenciaria de todas as outras.
Imaginem se nós, como nas corporações, já que esses grupos e qualidades refletem as verdadeiras necessidades dos clientes, os transformassem em requisitos?
E considerássemos como requisitos mínimos pra cada pessoa, pra todos de uma sociedade mundial terem uma boa qualidade de vida, que cada uma delas deveria atender por completo a qualidade óbvia, um valor mediano na qualidade linear e sem necessidade de atender a qualidade atraente pra estarem no "mercado" desta sociedade mundial?
E que controlássemos a qualidade desta sociedade mundial enviando as pessoas que não estão em conformidade com esses requisitos mínimos para uma quarentena, que podia ser, por exemplo, uma ilha em alto mar!
Cremos que não caberia, já que a definição de ilha tem como limite o tamanho da Groenlândia, teríamos que partir pra um continente, talvez a Austrália, ou todo o continente americano, com a devida verificação se ainda comportaria todo mundo, porque certamente esta quarentena estaria lotada.
Pois então, como podemos desenvolver e aplicar teorias e ferramentas de controle da qualidade para tudo, segundo uma verdadeira necessidade dos clientes, e não conseguimos reproduzir tal qualidade em nós mesmos, considerando fortemente ainda que somos os próprios clientes e fornecedores, e os mais interessados na construção de uma sociedade que tenha qualidade de vida?
Alguns até conseguem, mas formarão um grupo tão diminuto, que desconfiamos que eles é que iriam para a ilha.
Pra onde queres ser enviado, pra ilha ou continente?
"O ser humano tem muito mais desejos que necessidades" (Johann Goethe)

Autor: Reinaldo Brosler

domingo, 23 de outubro de 2011

QUE GOSTO TEM?

O velho mestre pediu a um jovem que estava muito triste, que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
“Qual é o gosto?“ perguntou o mestre.“Ruim“ disse o aprendiz.
O mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho mestre disse: Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem,o mestre perguntou: “Qual o gosto?”“Bom!!!” disse o rapaz.“Você sente o gosto do sal?” perguntou o mestre.“Não”, disse o jovem.
O mestre então sentou perto do jovem e disse: “A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor, depende de onde colocamos. Deixe de ser um copo...Torne-se um lago..."Que o Senhor te capacite!!!

sábado, 22 de outubro de 2011

O burro manso

No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de um famoso palácio real, um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias dos companheiros de apartamento.
Reparando-lhe o pêlo maltratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:- Triste sina a que recebeste! Não invejas minha posição nas corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!- Pudera! - exclamou um potro de fina origem inglesa - como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça?O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente. 
Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos do bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia.Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É animal desonrado, fraco, inútil... Não sabe viver senão sob pesadas disciplinas. Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio. Aceito os deveres que me competem até o justo limite; mas se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.
As observações insultuosas não haviam terminado, quando o reipenetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade, informou o monarca, animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança. 
O empregado perguntou:- Não prefere o árabe, Majestade?- Não, não - falou o soberano, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.- Não quer o potro inglês?- De modo algum. É muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.- Não deseja o húngaro?- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.- O jumento espanhol serviria? - insistiu o servidor atencioso.- De maneira nenhuma. É manhoso e não merece confiança.
Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:- Onde está meu burro de carga?O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais. O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho, ainda criança, para longa viagem... 
E ficou tranqüilo, sabendo que poderia colocar toda a sua confiança naquele animal...Assim também acontece na vida. Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a servir, sem pensar em si mesmos!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mudança

Fabrício, meu aluno, era caladinho com os colegas... regular na aprendizagem... não conversava comigo... e a mãe sempre dizia que ele era muito "devagar"... Comunica-se através da LIBRAS...Antes do recesso de junho, depois de ter passado uma atividade, pedi licença à turma e fui tomar um cafezinho na cozinha da escola (saí sem fazer o desjejum). 
Quando estou saboreando meu café, aparece o Fabrício com o rosto ensangüentado, acompanhado por dois colegas contando que ele tropeçou e bateu com a testa na quina da porta. 
Olhei o ferimento e percebi haver necessidade de levar pontos. Liguei para a família avisando o ocorrido. Logo a irmã chegou e fomos para a clínica. A irmã estava nervosa, chorando e dizendo que o Fabrício ia desmaiar porque "não agüenta dor, nem ver sangue".Quando chegamos, olhei para o Fabrício, disse-lhe que os pontos não iriam doer, pois a médica daria anestesia.
 Durante a sutura fiquei segurando sua mão, sempre sorrindo para ele. Depois de ser medicado deixei-os em casa e voltei para a escola.No outro dia, na sala, encontro o Fabrício feliz da vida. Fiquei surpresa, pois o surdo geralmente tem a saúde frágil e qualquer indisposição os deixa na cama. Pedi para ele contar tudo que aconteceu na clínica, para construirmos um texto. Muito à vontade começou a contar o ocorrido e sempre sinalizava que eu estava junto dele e segurava sua mão.A partir daí o Fabrício ficou "enturmado", sempre me sorria e conversava contando as coisas do seu dia a dia.Na reunião de pais, sua mãe me perguntou por que o Fabrício mudou tanto... chegava em casa ia logo estudar, estava atencioso com a família e fazendo planos de ser aprovado para a 5ª série. 
Respondi-lhe que também observei a sua mudança na escola, mas não tinha uma resposta para dar.Depois da reunião, avaliando os resultados do encontro com os pais, fiquei pensando... não teria respostas para a mãe do Fabrício mas, muitas vezes, em certos momentos da nossa vida, faz uma imensa diferença ter alguém segurando fortemente nossa mão...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O tecelão mestre

Um missionário viajava por terras distantes, quando ao passar por um mercado de um vilarejo, encontrou uma banca de criadores de peças de tapeçaria.
Enquanto andava, um fato lhe chamou a atenção; um homem estava gritando de seu tear em um canto da banca para outro operário do outro lado da banca. Enquanto gritava, fios formavam a peça de tapeçaria como que por mágica. O missionário pediu uma explicação à seu guia.- O homem que você vê, disse o guia, é um tecelão mestre. Ele grita a seu aprendiz atrás do tear que cor de fio usar e onde colocar. Só o tecelão conhece o projeto inteiro, então é vital que o aprendiz execute os comandos do mestre com extrema exatidão.
- E o aprendiz nunca comete um erro? Perguntou o missionário.- Naturalmente. Mas o tecelão é um homem muito bondoso e neste caso ele raramente colocará o menino para fora do serviço. Ao contrário, sendo um grande artista, ele simplesmente trabalha o erro dentro do projeto.
E o missionário saiu pensando.- Assim é Deus conosco. Nós não podemos ver o padrão que Deus quer dar à peça. Estamos do outro lado do tear olhando para os fios aparentemente colocados sem propósito. Ocasionalmente podemos dar uma olhada no projeto, mas então logo que imaginamos saber tudo, o mestre indica um fio que muda toda a coisa. 
Então, temos que confiar, pois o mestre tecelão sabe o que ele faz.- E como o aprendiz, nós também cometemos nossos erros. Colocamos um fio vermelho ao invés de um violeta. Damos o nó no lugar errado ou deixamos frouxo. E Deus, em sua misericórdia, não dá bronca mas apanha nossos erros e refaz o projeto.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

25 centavos

Alguns anos atrás, um pregador mudou-se para Houston, Texas, EUA. Poucos dias depois que chegou, teve que ir de ônibus de sua casa até o centro da cidade. 
Quando se sentou, descobriu ter recebido 25 centavos a mais no troco pelo que pagara pela passagem. Considerando o que deveria fazer, pensou: - É melhor devolver os 25 centavos. Seria um erro mantê-lo. Então ele pensou: - Oh! Esquece. Apenas 25 centavos. Quem se preocuparia por quantia tão pequena? 
Além do mais, a empresa de ônibus já tem bastante; nunca sentirão falta. Aceite-o como um presente e fique quieto. Quando chegou ao ponto onde desceria do ônibus, parou momentaneamente na porta, então entregou a moeda ao motorista e disse: - Tome, você me deu troco a mais.
 O motorista, com um sorriso, respondeu: - Você não é o novo pregador? Eu tenho pensado sobre ir lhe ouvir. Eu queria apenas ver o que você faria se eu lhe desse troco a mais. Quando nosso amigo saiu do ônibus, agarrou-se literalmente ao poste mais próximo, e disse: - Oh! meu Deus, me perdoe! Eu quase vendi seu filho por vinte e cinco centavos. Pensemos nisto!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Trabalhe com inteligência

O que é difícil? O que é fácil? É apenas uma questão de percepção e atitude.
Seja qual for o trabalho a ser feito ou a tarefa a ser realizada, encare-os como um compromisso com a excelência. Em geral, isso só requer um esforço um pouco maior do que você normalmente faria.
Quando você está fazendo apenas um trabalho, este pode ser tedioso e difícil.
No entanto quando você o faz com excelência, mesmo que o esforço seja maior, ele não parece tão difícil. De fato, o que com freqüência torna o trabalho difícil é a relutância em fazê-lo.
Quando você encara seu trabalho como uma oportunidade de alcançar a excelência, ele se torna mais do que apenas um trabalho.
Seja qual for a tarefa, ela é uma oportunidade para você se expressar e dar o seu melhor.
O fato é que existe trabalho a ser feito. E você tem uma escolha.
Você pode encará-lo como uma irritação, e se atormentar enquanto o faz, ou enxergá-lo como uma oportunidade de alcançar a excelência e sentir a satisfação de ter criado algo valioso.

Autor desconhecido

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Se Alguém te Procurar...

Com frio... É porque você tem o cobertor.

Com alegria... É porque você tem o sorriso.

Com lágrimas... É porque você tem o lenço.

Com versos... É porque você tem a música.

Com dor... É porque você tem o curativo.

Com palavras... É porque você tem a audição.

Com fome... É porque você tem o alimento.

Com beijos... É porque você tem o mel.

Com dúvidas... É porque você tem o caminho.

Com orquestras... É porque você tem a festa.

Com desânimo... É porque você tem o estimulo.

Com fantasias... É porque você tem a realidade.

Com desespero... É porque você tem a Serenidade.

Com entusiasmo... É porque você tem o brilho.

Com segredos... É porque você tem a cumplicidade.

Com tumulto... É porque você tem a calma.

Com confiança... É porque você tem a força.

Com medo... É porque você tem o AMOR!!!

(desconheço a autoria)

Ninguém chega até VOCÊ por acaso, Em "TUDO" há propósito...

Inclusive em você estar lendo aqui, agora.

Por esta razão e outras, repasse a tantos quanto puder, Afinal...

"Você pode até não ser ninguém para este mundo,mas é o mundo para alguém . .

domingo, 16 de outubro de 2011

Equilíbrio

Equilíbrio entre:

Ser alegre e não extrovertido no sentido negativo...

Ser sincero e não machucar...

Ser firme nas idéias e não arrogante...

Ser humilde e não submisso...

Ser rápido e não impreciso...

Ser contente e não complacente...

Ser despreocupado e não descuidado...

Ser amoroso e não apegado...

Ser pacífico e não passivo...

Ser disciplinado e não rígido...

Ser flexível e não frouxo...

Ser comunicativo e não exagerado...

Ser obediente e não cego...

Ser doce e não melado...

Ser moldável e não tolo...

Ser introspectivo e não enclausurado...

Ser determinado e não teimoso...

Ser corajoso e não agressivo...

Em tudo é necessário equilíbrio...

sábado, 15 de outubro de 2011

A Visita

Cada dia, ao meio-dia, um pobre velho entrava na Igreja, e poucos minutos depois, saía.

Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia (pois havia objetos de valor na Igreja).

Venho rezar, respondeu o velho.

Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa.

Bem, retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas.

Mas todo dia, ao meio-dia eu entro na Igreja e só falo:

- "Oi Jesus, eu sou o Zé, vim te visitar."

Num minuto, já estou de saída.

É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve.

Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital e, na enfermaria, passou a exercer uma influência sobre todos:

os doentes mais tristes se tornaram alegres, muitas risadas passaram a ser ouvidas.

Zé, disse-lhe um dia a irmã, os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre....

É verdade, irmã, estou sempre tão alegre.

É por causa daquela visita que recebo todo dia.

Me faz tão feliz.

A irmã ficou atônita.

Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia.

O Zé era um velho solitário, sem ninguém.

- Que visita?

- A que hora?

- Todos os dias. Respondeu Zé;

com um brilho nos olhos.

Todos os dias ao meio-dia Ele vem ficar ao pé cama.

Quando olho para Ele, Ele sorri e diz:

-"Oi, Zé, eu sou Jesus, eu vim te visitar".

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A Impontualidade do amor

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.

Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Triiiiiiiiiiiimmm!

É sua mãe...

Quem mais poderia ser?

Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada.

Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.

Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo... ... que você está de banho tomado e camisa jeans.

Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema.

Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.

Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos Outros, sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.

O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste.

Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro.

Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.

O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: ... o amor é onipresente. Agora a segunda: ...

mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. O amor odeia clichês.

Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. ...

Idealizar é sofrer !

Amar é surpreender !

(Martha Medeiros)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

VOCÊ VALE OURO PARA MIM!


O tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
As carreiras terminam.
Mas..... os verdadeiros amigos estão lá, não importa o
tempo ou quantos quilômetros haja entre vocês. Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você,intervindo a seu favor e esperando você de braços abertos; abençoando sua vida!
Todos nós, ao iniciarmos esta aventura chamada vida, não sabemos das incríveis alegrias ou tristezas pela quais passaremos, nem o quanto iremos precisar uns dos
outros.
  Por isso...

 CONSERVEM SEUS AMIGOS!
SEJA FELIZ AO LADO DELES, ELES NÃO TÊM PREÇO... 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Que tamanho de pessoa podemos ser?

Não estamos a falar sobre antropometria, parte do estudo da anatomia humana, utilizada para medir o corpo humano e suas partes, já que nesse aspecto, quase toda a origem determinante no resultado final de como somos, não depende dos nossos quereres e sacrifícios, está diretamente vinculada a nossa herança genética, às interpolações dos DNA dos nossos progenitores.
Concebidos assim, e na idade adulta, a questão passa ser atribuída somente a nós e a forma que interagimos com o mundo pra sermos do tamanho que queremos ser?

Pois então, que tamanho de pessoa queremos ser?

Entendemos que em toda essa correria do viver, a gente nem pensa muito nisso, pelo menos da forma estruturada como deveria ser. E quando pensamos, o fazemos até de um jeito não muito apropriado, quando desejamos ser rico, famoso, “importante”, ..., pra daí ser respeitado, invejado, amado, ...
Mas lhes garanto, não é pra nada disso que estou a gastar o nosso precioso tempo nesse momento.

Considerando que todas as pessoas têm o poder, em média, de 10 mil milhões de células nervosas no cérebro, e que de tudo que aprendemos na vida, se não exercitarmos e nada for feito, 25% será esquecido em até 6 horas, atingindo 33% em 24 horas e 90% em 6 meses, quando teremos que nos satisfazer com os míseros 10% de todo o conhecimento vislumbrado, pra sermos o que conseguirmos ser.
A questão então não está de fato no “podermos” e sim no “querermos”.
E em resumo, o “querermos” está no nosso aprendizado e no exercício dele, ou seja, na sua busca e materialização nas nossas expressões no dia-a-dia.

Um cara muito bom nessa matéria, o psicólogo Howard Gardner, estabeleceu uma escala do aprendizado, que nada mais é do que uma maneira de ilustrar em quais das nossas expressões do dia-a-dia a gente mais aprende. Pois é, as duas maiores eficiências em nosso aprendizado ocorrem quando vivenciamos (80%) e ensinamos (95%) algo, muito mais, surpreendentemente, do que quando lemos (10%), ouvimos (20%) ou vemos (30%).
Situação de dúvida quanto a estar caracterizado por uma antítese ou pleonasmo, o fato da melhor maneira de aprender ser ensinar.
Ensinar e aprender praticando o ato de doar, num processo que vai muito além do que tudo que conhecemos.
Compreender que é muito difícil pras pessoas receberem essa doação, material ou não, e em muitas ocasiões aceitas com uma certa frieza, sem demonstração de nenhuma gratidão e com até alguma reclamação.
Compreender que essa atitude é uma forma delas manterem a auto-estima e a dignidade, pelo fato de se sentirem humilhadas por receber sem poder dar nada em troca.
Ensinar e aprender um doar muito além do que imaginamos, entender a frágil ligação entre dar e receber.
Compreender que quando damos algo material ou não para alguém, estamos nos colocando numa posição de superioridade, sem apercebermos e darmos a devida importância.
Num contraste com a condição inversa, quando somos reticentes em receber uma doação por nos sentirmos inferiorizados e com nosso orgulho ultrajado, e que mesmo no íntimo a desejando, optamos por vergonha em ocultar a nossa fragilidade.
Ou “condicionalmente” a recebemos, em quantas vezes já não ouvimos ou falamos coisa do tipo “tudo bem, vou aceitar, pois embora não esteja precisando, nunca se sabe não é?” ou algo parecido.
O fato de doar não significa que estamos preparados pra receber.

A frágil ligação de dar e receber, donde precisamos vivenciar e ensinar a plenitude de um pra poder compreender e fazer bem o outro.
Compreender que tamanho de pessoa queremos ser.
Compreender que vivenciando e ensinando um mundo dos menos favorecidos, materialmente ou espiritualmente, podemos aprender a ser do tamanho dos nossos sonhos.
E como citado pelo admirado escritor Saramago, “o espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio”.

Pois então, como queres enxergar-se ao espelho?

Autor: Reinaldo Brosler

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Como Vermos Realizados os Nossos Desejos

Estava eu olhando o velho João, entretido em varrer as folhas secas do jardim. A área era grande, e o velho caprichava em não deixar nem uma folha no gramado.

- João, disse eu sorrindo, que maravilha se você pudesse, só a um desejo seu, ver todas estas folhas, de repente, empilhadas num monte!

- E posso mesmo, disse o velho prontamente.

- Se você pode, vamos ver! desafiei.

- Folhas! Juntem-se todas! disse o velho, numa voz de comando. E lá continuou limpando a relva até que as folhas ficaram juntas num só monte.

- Viu? Disse-me, sorrindo - É este o melhor meio de vermos realizados os nossos desejos. Trabalhar, com afinco, para que aquilo que queremos seja feito.

O incidente calou-me no espírito. Mais tarde, ao estudar a biografia dos cientistas, dos reformadores e de todos aqueles cujas obras nos parecem, por vezes, milagres deveras sobrehumanos, descobrí que adotavam geralmente o sistema do velho jardineiro.

Todas as suas realizações resultaram do fato de que estes homens, desejando fortemente chegar a certo objetivo, - nunca cessaram de lutar por alcançá-lo. 

Relato de: Horace Otis - Ohio-EUA


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sou uma pessoa comum

Fui criada com princípios morais comuns. 
Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era a de que os "lanterninhas" dos cinemas nos expulsassem devido às batidas com os pés no chão quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo.
Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos, ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder deseducadamente a policiais, mestres, aos mais idosos e autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror. Ouvindo hoje o Jornal da noite, deu-me uma tristeza infinita por tudo que perdemos. Por tudo o que meu filho precisa temer. Pelo medo no olhar de crianças, jovens, velhos e adultos. Matar os  país, os avós, violentar crianças, seqüestrar jovens, roubar, enganar passar a perna, tudo virou  banalidades de notícias policiais, esquecidas após o primeiro intervalo comercial. Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, funcionários de indústrias de multas. Policiais em blitz são abuso de autoridade. Regalias em presídios são matéria votada em reuniões. Direitos humanos para criminosos. 
Deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem é ser otário, Pagar dívidas em dia é bancar o bobo. Anistia para os caloteiros de plantão Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de  anjo, pedófilos de cabelos brancos O que aconteceu conosco? Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas portas e janelas. Crianças morrendo de fome, gente com fome de morte. Que valores são esses?Carros que valem mais que um  abraço,filhos querendo-os como brindes por passar de ano. Celulares nas mochilas dos que recém largaram as fraldas, tv, dvd, telefone, vídeo game, o que vai  querer em troca desse abraço, meu filho? Mais vale um Armani do que um diploma. Mais vale um telão do que um papo. Mais vale um baseado do que um sorvete,mais vale dois vinténs do que um gosto. Que lares são esses? Bom dia, boa noite, até mais. Jovens ausentes, pais ausentes, droga presente e o presente uma droga.  O que é aquilo? Uma árvore, uma galinha, uma estrela? Quando foi que tudo sumiu ou virou ridículo? Quando foi que senti amor pela última vez? Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho? Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado sem sentir medo? Quando foi que fechei a Janela do meu carro? Quando foi que me fechei? 
Quero de volta a minha dignidade, a minha paz e o lugar onde o bem e o mal são contrários, onde o mocinho luta com o bandido,e o único medo é de quem infringe, de quem rouba e mata. Quero de volta a lei e a ordem. Quero liberdade com segurança. Quero tirar as grades da minha Janela para tocar as flores. Quero sentar na calçada, com  minha porta aberta nas noites de verão. Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e olho no no olho. Quero a vergonha, a solidariedade e a certeza do futuro. Quero a esperança, a alegria. Eu quero ser gente e não peça de um jogo manipulado por TV a cabo.  Quero a notícia boa, a descoberta da vacina, a plantação do arroz. Eu quero ver os colonos na terra, as crianças no colégio, os jovens divertindo-se, os velhinhos contando histórias. Eu quero um emprego decente, um salário condizente, uma oportunidade a mais. Uma casa para todos, comida na mesa, saúde a mil. Quero livros , cachorros , sapatos e água limpa. Não quero listas de animais em extinção, Não quero clone de gente, quero copia das letras de músicas, eu quero voltar a ser feliz. Quero dizer basta a esta inversão de valores e ideais. 
Quero mandar calar a boca de quem diz
"a nível de", "neste país" "enquanto pessoa" "eles tem que". "é preciso que". Quero xingar quem joga lixo na rua, quem fura a fila, quem rouba um lápis quem ultrapassa a faixa, quem não usa cinto quem não paga as suas contas, quem não dignifica o meu voto. Quero rir de quem acha que precisa de silicone, lipoaspiração, implante ,dieta, cirurgia plástica, carro zero e quem sabe até um importado, laptop, bolsa XYZ, calça ZXY para se sentir inserido no contexto ou ser "normal." Abaixo a ditadura do "tem que", as receitas de bolo para viver melhor as técnicas para pensar, falar, sentir. Abaixo o especialista,o  sabe-tudo rodeado
 de microfones e câmeras.Abaixo o TER, e viva o SER!
E Viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã e,
 definitivamente comum como Eu...
Sara Maria Binatti dos Anjos

domingo, 9 de outubro de 2011

Tenha a Coragem de Ser Original

- Por que você perde seu bom humor, fazendo essa confusão toda com seu cabelo? - perguntou meu pai, quando me encontrou chorando de raiva porque eu era muito menina, e não tinha a habilidade necessária para fazer o penteado em moda nos meus tempos de colégio.

- É a moda! - lamentei-me. - Só o meu nunca fica como os outros!

Olhando-me gravemente, meu pai ordenou: - Divida seu cabelo no meio, penteie-o para trás, e amarre-o como uma fita. Agora, use-o assim durante uma semana, e se metade das meninas de sua classe não copiarem você, eu lhe darei dez dólares.

Pensei comigo que ele era incrivelmente ingênuo. Dez dólares, porém eram uma fortuna a que não podia resistir, e o fiz. 

Tivesse eu chegado à aula vestida com a camisola de dormir, minha agonia não teria sido maior. Mas quando a semana acabou, quase todas as meninas de minha classe estavam usando o cabelo separado simplesmente pelo meio, atado atrás com uma fita.

Meu pai disse, então: - Não seja vulgar! O mundo já tem bastante mediocridade. Nunca tenha medo de uma idéia própria, e, se ela for certa, siga para adiante com ela, sem se importar com o que faça todos os demais!

E, embora ele tivesse ganho a aposta, deu-me uma nota de dez dólares. 


Relato de: Sra. Brooks E. Cairns
Califórnia-EUA

sábado, 8 de outubro de 2011

Eu sei, mas não devia


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender as luzes mais cedo. E, a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos! E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone : "hoje não posso ir". A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto!
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra e que se compra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenda morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta do pé, a não ter sequer uma planta (desculpem, agora nós gostamos das plantas... as temos dentro de casa! Até conversamos com elas. Desculpem...).

A gente se acostuma a coisas para não sofrer. Em doses pequenas tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui...um ressentimento ali...uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma a não ralar na aspereza, a preservar a pele. Se acostuma a evitar feridas, sangramentos; a esquivar-se da faca e baioneta...para poupar o peito. A gente se acostuma a poupar a vida, que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde em si mesma...
Marina Colassanti

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Exemplo

jardim estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho.  Desiludida da vida, com boas razões para chorar,pois o mundo estava tentando me afundar.  E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:
- "Veja o que encontrei".
Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz. Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei.  Mas ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- "O cheiro é ótimo, e é bonita também.... Por isso a peguei; ei-la, é sua."    A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrante como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá. Então me estendi para pegá-la e respondi:
- Era o que eu precisava.

Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos. Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram em minha face enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.
- "De nada", ele sorriu. E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia. Me sentei e pus-me a pensar como ele conseguiu enxergar um ser auto-piedoso sob um velho carvalho.  Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente? Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega,  finalmente entendi que o problema não era o mundo,o problema era EU

E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu. E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto,
 com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de uma insuspeita senhora de idade.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Vencendo as Dificuldades

Meu maior defeito, nos tranquilos dias da infância, consistia em desanimar com demasiada facilidade quando uma tarefa qualquer me parecia difícil. Eu podia ser tudo, menos um menino persistente.

Foi quando, numa noite, meu pai entregou-me uma tabuazinha de pequena espessura e um canivete, e me pediu que, com este, riscasse uma linha a toda largura da tábua. Obedecí a suas instruções, e, em seguida, tábua e canivete foram trancados na escrivaninha de papai.

A mesma coisa foi repetida todas as noites seguintes; ao fim de uma semana eu não agüentava mais de curiosidade.

A história continuava. Toda noite eu tinha que riscar com o canivete, uma vez, pelo sulco que se aprofundava. 

Chegou afinal um dia em que não havia mais mais sulco. Meu último e leve esforço cortara a tábua em duas.

Papai olhou longamente para mim, e depois disse:

- Você nunca acreditaria que isto fosse possível, com tão pouco esforço, não é verdade? Pois o êxito ou fracasso de sua vida não depende tanto de quanta força você põe numa tentativa, mas da persistência no que faz.

Foi essa uma lição-de-coisas impossivel de esquecer, e que mesmo um garoto de dez anos podia aproveitar. 


Relato de: N. Semonoff
Londres

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Tragédia Maior que a Minha

Quando eu tinha meus dez anos, manifestou-se em mim uma revolta íntima que me levaria por certo a um perigoso complexo de inferioridade. É que não me conformava com a pobreza em que vivíamos, a ponto de magoar meus pais.

Certa ocasião, nas vésperas do natal, papai comprou-me um par de sapatos, de qualidade inferior. Quando cheguei em casa, chorei amarguradamente, pois desejava um de melhor qualidade, como alguns dos meus companheiros e vizinhos, para apresentar-me na festinha da escola.

Quando me acalmei, mamãe, que tinha procurado convencer-me de que não faria má figura, saiu comigo, levando embrulhado, sem que eu percebesse, o meu par de calçados velhos. 

Ia cumprir a promessa que fizera a uma amiga de levá-los ao seu filho, mais ou menos da minha idade, pois o pai dele estava desempregado. 
xxxx
Antes que ela me dissesse qualquer coisa, compreendi que a tragédia do menino era bem maior do que a minha. 

De volta, carinhosamente, mamãe comentou aquela boa lição que se gravou de maneira indelével em minha alma e até hoje me serve de estímulo, nos momentos de dificuldade: "A nossa desgraça, se avaliarmos bem, é sempre menor que a do nosso próximo." 


Bastos Neves, São Paulo
Brasi
l

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um Castigo Educativo

Como todos os meninos, eu era curioso e um pouco destruidor. Um dia cometi a travessura de fazer uns buracos em uma das portas de nossa casa, para ficar espiando o que ocorria na rua.

Procurando dar-me um castigo educativo, meu pai fez-me reparar o estrago que causara.

- Vá buscar uns pedaços de madeira, e procure cortá-las de modo a se ajustarem nos buracos; depois passe a lixa.

Fiz o trabalho um pouco envergonhado, e, ao terminá-lo, era pouca a vontade que tinha de olhar para a porta verde com aqueles círculos brancos.

Meu pai então me disse que eu devia pintá-los da mesma cor da porta, e me deu dinheiro para comprar tinta.

A que arranjei não era exatamente da mesma cor, e por isso, por insistência do meu pai, pintei toda a porta.

Desde esse momento, surgiu em mim uma espécie de gosto para melhorar e reparar as coisas da nossa casa.

Pintei seis portas e duas janelas, que não ficaram mal, sentí-me orgulhoso de ser pintor, e minha atitude mudou em consequência daquele castigo que terminou em forma agradável e boa.


Carlos Salazar, México

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A borboleta e a psicopedagogia



Lembro-me de uma manhã em que eu havia descoberto um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair.
Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito, e eu estava com pressa. Irritado, curvei-me e comecei a esquentar o casulo com meu hálito.
Eu o esquentava e o milagre começou a acontecer diante de mim, a um ritmo mais rápido que o natural.
O invólucro se abriu, a borboleta saiu se arrastando e nunca hei de esquecer o horror que senti então: suas asas ainda não estavam abertas e com todo o seu corpinho que tremia, ela se esforçava para desdobrá-las.
Curvado por cima dela, eu a ajudava com o calor do meu hálito. Em vão. Era necessário um acidente natural e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol - agora era tarde demais.
Meu sopro obrigara a borboleta a se mostrar toda amarrotada, antes do tempo.
Ela se agitou desesperada, alguns segundos depois morreu na palma da minha mão.
Aquele pequeno cadáver é, eu acho, o peso maior que tenho na consciência. Pois, hoje entendo bem isso, é um pecado mortal forçar as leis da natureza.
Temos que não nos apressar, não ficar impacientes, seguir com confiança o ritmo do Eterno.
Nikos Azanizaki
* * *
Esta pequena história nos faz pensar num dos aspectos do trabalho psicopedagógico, ou seja, sobre o respeito ao aluno e às necessidades de aprendizagem de cada criança.
A lagarta passa por um longo processo de transformação para virar borboleta e poder voar.
A lagarta se alimenta muito para crescer. Este "alimenta-se para crescer" do ponto de vista da psicopedagogia são as experiências que a criança vai adquirindo em contato com as pessoas, os objetos e o mundo em geral.
Há que se selecionar os "alimentos estímulos" mais apropriados para este crescimento.
Depois, ao formar o casulo, a lagarta entra em repouso. Este tempo é necessário para que haja uma assimilação e uma acomodação das experiências, para que o sujeito as possa tomar como suas, fazendo e refazendo, como se construísse o seu casulo.
Mas, há o tempo de sair do casulo e poder voar.
Tempo de mostrar, de expressar, de comunicar.
As formas de mostrar o que se sabe são variadas, às vezes são desenhos, ou são novas brincadeiras, ou, até novas perguntas.
Só que cada lagarta tem seu tempo de casulo e seu tempo de ser borboleta. Não há como forçar e nem como acelerar os tempos, sem o risco de perdermos o vôo da borboleta!
Os comentários sobre a história da borboleta foram feitos por Erzsebet Mangucci - autora do livro "Vivendo a Leitura e a Escrita", da Solução Editora.