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sábado, 31 de março de 2012

Ser como o mestre



Li, certa vez, a impressionante história de um menino que lascava madeira, numa pequena cidade da Itália. Um dia, ele e seus coleguinhas estavam na rua, pedindo dinheiro por aquilo que faziam. Um menino tocava violino e seu irmão cantava, enquanto Antônio fazia pequenos objetos de madeira. Parou um homem distinto para ouvir o menino cantar; depois, colocou uma moeda de ouro nas suas mãos. Este garoto gritou: 
- O grande Amati, o maior construtor de violinos na Itália, deu-nos uma moeda de ouro! 
Foi uma euforia! Antônio não se satisfez com aquele encontro; quis conhecer mais de perto o construtor de violinos. 
Como era um menino resoluto, Antônio venceu as barreiras que lhe eram postas, e chegou à presença de Amati. Disse-lhe: 
- Não sei tocar ou cantar, mas gosto de música e imagino que seria capaz de construir violinos. Veja, aqui estão alguns objetos que fiz de madeira, com a minha faca. 
O grande homem passou o seu olhar atento dos objetos para a face ansiosa e os expressivos olhos castanhos de Antônio, e disse: 
- Venha à minha oficina, moço, e lhe darei uma oportunidade para aprender a tornar-se um construtor de violinos. Qual é o seu nome? 
- Antônio Stradivárius. respondeu prontamente Antônio. 
Assim Antônio tornou-se aluno de Amati e trabalhou dia após dia na sua oficina. Uma das primeiras coisas que o seu professor lhe ensinou foi que a paciência para fazer com perfeição uma peça, ainda que pequenina, tinha mais valor do que a construção de um violino todo em pouco tempo. Alguns anos decorreram e Antônio, já sendo um construtor de violinos, aperfeiçoou tanto o som e a beleza do violino que ele se tornou o melhor construtor de violinos de todo o mundo. 
Ser como o Mestre exige paciência, disciplina e dedicação total! 


Autor não mencionado 

sexta-feira, 30 de março de 2012

TRÊS FIOS DE PÊLO BRANCO

Na residência de um certo orador sacro de grande prestígio e renome, apareceu numa tardinha de domingo um gracioso cachorrinho preto. A turminha miúda da casa fez amizade imediata com o animal fujão. Notaram logo que na cauda do cachorro destacavam-se três fios de pêlo bem branquinho. tornando-o assim diferente de tantos outros cachorrinhos da mesma cor e tamanho que havia por ali. 
Logo na semana que se seguiu, um anúncio no jornal da cidade chamou a atenção daquele orador. Lia se o seguinte: "Quem souber do paradeiro de um cãozinho preto, pequeno..." E, entre outras características mencionadas no anúncio, acrescentaram: "possui três fios de pêlo branco na cauda. Favor comunicar-se com o dono no endereço..." O recado era bem completo e não deixava a menor dúvida. 
Relatando alguns anos mais tarde esse acontecimento, o grande e notável orador expressou com visível pesar: "Na presença dos meus filhos, cuja personalidade estava se formando em cada um, eu separei aqueles três fios de pêlo branco dos demais e com uma pinça os arranquei fora. A obra do engano e da desonestidade parecia perfeita. Nada seria notado. O dono do animal, no entanto, soube do paradeiro do cachorrinho em nossa casa e veio procurá-lo. Pertencia às suas crianças e elas o estimavam muito. Realmente, ele conservava a grande maioria das identificações descritas e, portanto, tinha quase tudo para ser reconhecido de imediato; assim, o dono já ia levá-lo, quando lhe chamei a atenção: 
- Meu senhor, na publicação que fez no jornal estava destacado em negrito o fato de que seu animal possuía três fios de pêlo branco na cauda, não é verdade? 
Diante do meu lembrete, o dono em vão tentou encontrá-los e, não os achando, foi obrigado a deixar o cão que reconhecia ser o seu. 
Esse orador, torturado pelo remorso tardio, afirmou, concluindo a narração: "Nós ficamos com o cãozinho, mas eu perdi os meus filhos para mim e para Deus. Eles não confiavam mais naquilo que eu ensinava em meus sermões ou lhes dizia particularmente. Tudo isso porque na sua presença não pratiquei aquilo que afirmava estar estruturada a minha fé, isto é a verdade e a honestidade". 


Autor não mencionado 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Nunca deixe ir

Alguns anos atrás, em um dia quente de verão, um pequeno menino decidiu ir nadar no lago que havia atrás de sua casa. 
Na pressa de mergulhar na água fresca, foi correndo e deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água. 
Sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro. Com medo absoluto, correu para o lago, gritando para seu filho tão alto quanto poderia. Ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, fez um giro e começou a nadar de volta para sua mãe. Era tarde. Assim que a alcançou, o jacaré também o alcançou. Da doca, a mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré arrebatou seus pés. Começou um cabo-de-guerra incrível entre os dois. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixa-lo ir. 
Um fazendeiro que passava por perto, ouviu os gritos, pegou uma arma e disparou no jacaré. 
De forma impressionante, após semanas e semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu. Seus pés extremamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços, os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava. 
Um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes. O menino levantou seus pés. E então, com óbvio orgulho, disse ao repórter, 
- Mas olhe em meus braços. Eu tenho grandes cicatrizes em meus braços, também. Eu as tenho porque minha mãe não deixou eu ir. 
Você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino. Nós também temos estas cicatrizes. 
Não, não a de um jacaré, ou qualquer coisa assim tão dramático. Mas as cicatrizes de um passado doloroso, algumas daquelas cicatrizes são feias e causam-nos profundo pesar. Mas, algumas feridas, meu amigo, são porque Deus se recusou a nos deixar ir. E enquanto você se esforçava, Ele estava lhe segurando. 

Tradução de Sergio Barros

quarta-feira, 28 de março de 2012

Haja o que houver

Na Romênia , um homem dizia sempre a seu filho: 
- Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado. 
Houve, nesta época um terremoto de intensidade muito grande, que quase alisou as construções lá existentes nesta época. Estava nesta hora este homem em uma estrada. Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filhonesta hora estava na escola. Foi imediatamente para lá. E a encontrou totalmente destruída. Não restou, uma única parede de pé. 
Tomado de uma enorme tristeza. Ficou ali ouvindo, a voz feliz de seu filho e sua promessa (não cumprida) "Haja o que houver, eu estarei sempre a seu lado". Seu coração estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição. 
A voz de seu filho e sua promessa não cumprida , o dilaceravam. 
Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando sua mãozinha. O portão (que não mais existia);corredor. Olhava as paredes, aquele rostinho confiante. Passava pela sala do 3 ano , virava o 
corredor e o olhava ao entrar. Até que resolveu fazer em cima dos escombros, o mesmo trajeto. Portão, corredor, virou a direita e parou em frente ao que deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha de 
material destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe. Olhava tudo desolado. 
E continuava a ouvir sua promessa: "Haja o que houver, eu sempre estarei com você". E ele não estava... Começou a cavar com as mãos. Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo: 
- Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém. 
- Vá para casa. 
Ao que ele retrucava: Você vai me ajudar? Mas ninguém o ajudava, pouco a pouco, todos se afastavam. Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com 
vida. 
Existiam outros locais com mais esperança. Mas este homem não esquecia sua promessa ao filho, a única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era : 
- Você vai me ajudar ? 
Mas eles também o abandonavam. Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa... 
- Saia daí, não está vendo que não pode ter sobrado ninguém vivo? 
Você ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram te ajudar pois continuam havendo explosões e incêndios. 
Ele retrucava : 
- Você vai me ajudar? 
- Você esta cego pela dor não enxerga mais nada. 
- Você vai me ajudar? 
Um a um todos se afastavam. Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos mas não se afastava dali. 5 h / 10 h/12h/22h /24h /30 h . 
Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho ouviu: 
- Pai ...estou aqui! 
Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou: 
- Você esta bem? 
- Estou. Mas com sede , fome e muito medo. 
- Tem mais alguém com você? 
- Sim, da classe, 14 estão comigo estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem. 
Apenas conseguia ouvir seus gritos de alegria . 
- Pai , eu falei a eles: Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar. Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora ... 
Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado. 
- Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco . 
- Não! Deixe eles saírem primeiro... 
Eu sei; que haja o que houver... 
Você estará me esperando!




Autor não mencionado

terça-feira, 27 de março de 2012

Amigos

Eu um dia acordei com dor de cabeça. Meu humor estava no chão. Tive vontade de quebrar tudo. Sem motivo importante. 
O telefone tocou. Eu não atendi. Tocou novamente. Com toda raiva que havia dentro de mim destratei meu amigo que só queria desabafar seus problemas. 
A dor de cabeça persistia. Meu amigo apareceu na minha porta e eu novamente o destratei. Não queria conversar. 
Toca a campainha, outros amigos me convidando para uma festa; farra, azaração, boemia, vadiagem... Me animei. 
Porém meu amigo me vetou. Viu que eu não estava em condições. Todos foram embora. Exceto ele e eu de raiva o xinguei, o massacrei e o mandei embora, no rosto as lágrimas corriam; bateu a porta e saiu. Não senti remorso e fui dormir. 
Dia seguinte pela manhã tive médico. A dor de cabeça persistiu durante toda noite. 
Quando estava saindo me deparo com meu amigo deitado na varanda, no sereno, onde passou a noite. Por incrível que pareça não me comovi. Deixei-o dormir e fui à consulta. Lá descobri que tinha uma doença grave, terminal. 
Me senti sem chão. Encontrei os amigos da farra e todos me olhavam diferente depois da notícia. Senti o final, o fim. Cheguei em casa e já não vi meu amigo. Bateu o desespero, a solidão. Peguei uma arma e apontei para minha cabeça. Nessa hora meu amigo apareceu atrás de mim e me pediu para VIVER. Com uma voz serena, tranquila, sem desesperos. Ele sempre esteve comigo me ajudou na busca da cura, me animou, me fez rir. Mas o destino já estava certo; e o fim já estava chegando. 
Hoje, porém, quem é ajudado é ele e eu me tornei: "SEU ANJO DA GUARDA"


Autor não mencionado

segunda-feira, 26 de março de 2012

Pardal

Quando eu tinha onze anos, um amigo de meu pai deu-me de presente uma carabina de brinquedo. Papai agradeceu-lhe polidamente, porém sem nenhum entusiasmo. Deixei-os e corri ao pomar. 
Minha primeira vítima foi um pardal. Lembro-me bem de que, a despeito do orgulho que senti por ser tão bom atirador, tive vaga sensação de culpa, ao ver cair o passarinho. 
Minha insegurança levou-me a procurar meu pai. 
Encontrei-o ocupado em tirar, de uma teia de aranha, os insetos e moscas que ali se haviam aprisionado, colocando-os depois em uma caixinha de fósforos. 
- Para que é isso, papai? perguntei. 
- Venha comigo e eu lhe mostro. 
Levando-me ao jardim, mostrou-me, então, entre a espessa folhagem de um arbusto, um ninho onde se achavam quatro pássaros implumes. Abrindo a caixa com cautela, foi metendo as moscas e os insetos nos biquinhos abertos. 
Compreendi o motivo e ofereci-me para ajudá-lo. 
- Não é coisa fácil! disse ele. 
Passei a tarde procurando insetos e remexendo a terra, a ver se encontrava vermes. De noite, papai agasalhou os passarinhos com um pouco de algodão. 
Na manhã seguinte veio ter ao meu quarto, quando eu me estava vestindo. 
Trazia nas mãos um dos pequeninos pássaros, já morto. 
- Morreu durante a noite! explicou ao mostrá-lo. Vamos fazer tudo para salvar os outros. 
Terminado o jantar, àquela noite, encontramos no ninho uma segunda vítima do frio. Alguns dias depois, estando eu a tomar o café da manhã, entrou meu pai, trazendo o terceiro filhote, igualmente inanimado. 
- 0 último, porém, parece forte e resistente como poucos, observou sorrindo. 
Creio mesmo que, em breve, ensaiará as asas. Mas o pobre orfãozinho, acrescentou, há de passar por maus momentos, pois não tem quem lhe ensine os segredos do vôo e, embora não pareça, talvez esteja um pouco fraco. Os pássaros assim, novinhos, precisam receber alimento a todos os instantes e nós não chegamos a alimentá-los em tempo, como necessitavam. 
Fomos encontrá-lo um dia, o pequeno sobrevivente, a baloiçar-se amedrontado sobre um galho. 0 fato de que aquele passarinho precisava voar tornara-se, aos meus olhos, de suprema importância. Foi quando o vimos, de repente, soerguer-se no espaço. Bateuas asas quanto pôde, mas em vão; um segundo depois caía sobre a relva. 
Agitou-se num tremor e... morreu. 
- Pobrezinho, não teve sorte! observou papai. 
Sentindo-me tomado de remorsos, exclamei por fim, sem mais poder conter o que me ia na alma: 
- Papai, a culpa é minha! Fui eu que matei a mãe deles!... 
- Eu sei, meu filho, vi você fazer aquilo. Não se aflija, são raros os meninos que não fazem o mesmo. Quis apenas mostrar-lhe que, ferindo alguém, ferimos, ao mesmo tempo, outras pessoas e até mesmo as que mais amamos ou as que mais nos amam. E é, não raro, maior o mal que assim fazemos a nós mesmos.




(Wallace Leal V. Rodrigues) 

domingo, 25 de março de 2012

INDO PESCAR

Era o terceiro ano consecutivo em que eu tentava criar o gramado perfeito. 
Eu estava indo muito bem neste verão. Eu semeei os pontos destruídos pelo rigor do inverno. Eu encontrei a semente perfeita para nossas condições de solo. Eu criei um bom sistema de irrigação que funcionava bem para o gramado e para entreter minhas quatro crianças. 
Tudo ia bem, até que um dia eu descobri diversos dentes-de-leão brotando. Sem problema, eu pensei. Corri até a loja e comprei um herbicida. Eu estava certo que no fim de semana seguinte eu teria me livrado daquelas ervas. 
Chegando em casa, resolvi ler bem atentamente todas as instruções. Não queria correr riscos com produtos tóxicos tendo minhas crianças por perto. Então, eu fiz a mistura bem mais fraca do que o indicado pelo fabricante, Fraco... e ineficaz.: no fim de semana seguinte, aqueles dentes-de-leão resistiam bravamente. 
Eu tinha prometido à minha filha, Kayla, que iríamos pescar no sábado. Kayla adora pescar e é muito boa nisso. Mas quando sábado chegou, eu notei que as pequenas fores amarelas em meu gramado tinham se multiplicado. 
- Tenho que tratar destes dentes-de-leão antes de ir pescar, eu disse para mim mesmo - O gramado é pequeno não vai levar tanto tempo assim! 
Com uma chave de fenda e um saco de lixo à disposição, eu ataquei as ervas daninhas. 
- Colhendo flores, papai? Kayla perguntou. 
- Sim, querida. Respondi enquanto escava furiosamente em uma resistente raiz. 
- Vou lhe ajudar - Ela ofereceu - Darei algumas para mamãe. 
- Vá em frente, meu doce - lhe respondi - tem muitas por aí! 
Uma hora se passou, e as manchinhas amarelas ainda resistiam. 
- Você disse que iríamos pescar hoje. Kayla reclamou. 
- Sim eu sei. - Eu repondi - Vou só colher um pouquinho mais de flores, combinado? 
Eu continuei trabalhando, puxando uma raiz após outra. 
- Você já colheu muitas flores, papai. Chega. Kayla insistia impaciente. 
- Está certo, querida. Só mais algumas. Eu prometi. Mas eu não podia parar tal a ansiedade em terminar o trabalho. 
Alguns minutos depois, um tapinha em meu ombro. 
- Papai, faça um desejo! Kayla falou. 
Quando me virei, Kayla encheu os pulmões e deu uma grande soprada, e milhares de sementinhas de dentes-de-leão se espalharam pelo ar. 
Percebi que estava tanto mais importância às ervas daninhas do que a minha pequena filha. Eu a joguei para cima e dei-lhe um beijo, e fomos para a lagoa dos peixes. 

Tradução de SergioBarros do texto de David Clinton Matz 

sábado, 24 de março de 2012

O COMBOIO DA VIDA

Numa viagem de comboio, ao longo do percurso, pode acontecer uma grande diversidade de situações.
A nossa existência terrena pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos longa.
Primeiro, porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques, e grandes tristezas em algumas partidas.
Quando nascemos, entramos no comboio e deparamos com pessoas que desejamos que sigam sempre conosco: os nossos pais.
Infelizmente, isso não vai acontecer: em alguma estação eles descerão e deixar-nos-ão órfãos dos seus carinhos, amizade e companhia insubstituíveis. 
Mas durante a viagem, outras pessoas especiais embarcarão e seguirão viagem conosco: os nossos irmãos, amigos, amores e filhos. 
A viagem não é igual para todos. Alguns fazem dela um passeio, outros só vêem nela tristezas, e outros ainda circulam pelo comboio, prontos para ajudar quem precise.
Muitos descem e deixam saudades eternas... Outros passam de uma forma que, quando desocupam o seu assento, ninguém se apercebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são caros se acomodam em carruagens distantes da nossa, o que não impede, é claro, que durante o percurso nos aproximemos deles e os abracemos, embora jamais possamos seguir juntos, porque haverá alguém ao seu lado ocupando aquele lugar.
Mas isso não importa, pois a viagem é cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas.
O importante, mesmo, é que façamos a nossa viagem da melhor maneira possível, tentando relacionar-nos bem com os demais passageiros, vendo em cada um deles o que tem de melhor.
Devemos lembrar-nos sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e precisamos entendê-los, pois nós também fraquejaremos muitas vezes e gostamos que haja alguém que nos entenda.
A grande diferença, afinal, é que no comboio da vida, nunca sabemos em que estação teremos que descer, e muito menos em que estação descerão os nossos amores, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Porque não é fácil separar-nos dos amigos, nem deixar que os filhos sigam viagem sozinhos.
No entanto, em algum lugar, há uma estação principal para onde todos seguimos. Lá nos reencontramos todos.
E quando chegar essa hora, teremos grandes emoções em poder abraçar os nossos amores e matar a saudade que nos fez companhia por longo tempo... 
Que a nossa breve viagem seja uma grande oportunidade de aprender e ensinar, entender e atender aqueles que viajam ao nosso lado, porque não foi o acaso que os colocou ali...
Que aprendamos a amar e a servir, compreender e perdoar, pois não sabemos quanto tempo ainda nos resta até à estação onde teremos que deixar o comboio.
Se a sua viagem não está a correr exatamente como esperava, dê-lhe uma nova direção.
Observe a paisagem maravilhosa com que DEUS enfeitou todo o trajeto...
Busque uma maneira de dar utilidade às suas horas.
Preocupe-se com aqueles que seguem viagem ao seu lado.
Deixe de lado as queixas e faça com que o seu percurso fique marcado com rastos de luz.
Pense nisso... E boa viagem!
(Desconheço a Autoria)

sexta-feira, 23 de março de 2012

10 SUGESTÕES…

1°Não se preocupe.
De todas as atividades humanas, preocupar-se, é a menos produtiva.

2° Não se deixe dominar pelo medo.
 A maior parte das coisas que tememos nunca acontecem.

3° Não guarde rancor.
 Ele é uma das cargas mais pesadas da vida.

4° Enfrente um problema de cada vez.
 Seja como for, só poderá tratá-los um por um.

5° Não leve os problemas para a cama.
 São maus companheiros do sono.

6° Não compre os problemas dos outros.
 Eles podem lidar com eles melhor do que você.

7° Não reviva o passado.
 Ele já passou. Concentre-se no que se passa na tua vida e seja feliz agora.

8° Seja um bom ouvinte.
 Só quando escutar, obterás idéias diferentes das tuas

9°Não se deixe abater pela frustração.
 A autocompaixão só interfere com as ações positivas.

10°Contabilize todas as coisas boas.
 Mas não esqueça as pequenas. Muitas coisas boas pequenas, fazem uma grande.

quinta-feira, 22 de março de 2012

O COPO DE ÁGUA

Um conferencista falava sobre gerenciamento da tensão.
Levantou um copo com água e perguntou à platéia:
- Quanto vocês acham que pesa este copo d’água?
As respostas variaram entre 20 g e 500 g.
O conferencista, então, comentou: 
- Não importa o peso absoluto. Depende de quanto tempo vou segurá-lo. Se o seguro por um minuto, tudo bem. Se o seguro durante um hora, terei dor no braço. Se o seguro durante um dia inteiro, você terá que chamar uma ambulância para mim. O peso é exatamente o mesmo, mas quanto mais tempo passo segurando-o, mais pesado vai ficando.
- Se carregamos nossos pesos o tempo todo, mais cedo ou mais tarde não seremos mais capazes de continuar, pois a carga vai se tornando cada vez mais pesada. 
É preciso largar o copo e descansar um pouco antes de segurá-lo novamente. Temos que deixar a carga de lado, periodicamente. Isto alivia e nos torna capazes de continuar.
Portanto, antes de você voltar para casa, deixe o peso do trabalho num canto. Não o carregue para casa. Você poderá recolhê-lo amanhã.
A vida é curta, aproveite-a!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Expressão da gratidão

A gratidão é um dever. Contudo, poucos de nós a cultivamos. 
 Por temperamento, às vezes nos retraímos quando deveríamos exteriorizar o sentimento. 
 Por não traduzirmos os tesouros da boa palavra e da gentileza, esses tesouros vão enferrujando nos cofres do nosso coração. 
 Quantas dádivas, oportunidades, bênçãos, favores recolhemos sem dizermos nada além de uma formal expressão de reconhecimento. 
 E a gratidão não faz bem somente a quem lhe recebe a manifestação, aquecendo-lhe o coração. Também reconforta quem a oferece.­ Conta-se que, durante a sua luta pela conquista da liberdade, os Estados Unidos tiveram a ajuda de um nobre francês de nome Lafayette, que logo se tornou amigo de George Washington e o tomou por ideal. 
 Em 1824, já idoso, Lafayette visitou cada Estado e Território da União, recebendo muitas honrarias. Eram recepções, bailes, jantares que se sucediam. 
 Numa das recepções, apresentou-se na fila de convidados para saudar o velho nobre francês, um soldado vestido com um uniforme todo roto. 
 Nas mãos trazia um mosquete e, ao ombro, um pedaço de cobertor. 
 Quando chegou frente a Lafayette, o veterano bateu continência e perguntou: "Sabe quem eu sou?" 
 "Na verdade não posso dizer que sim", respondeu com franqueza. 
 "Pois vou lhe avivar a memória, general. Numa noite gélida, o senhor fazia a ronda. Encontrou um sentinela com roupas leves e sem meias. Estava quase morrendo congelado. O senhor lhe tomou das mãos a arma e ordenou: 
 "Vai à minha cabana. Lá encontrarás meias, um cobertor e fogo. Depois de te aqueceres, traze o cobertor para mim. Enquanto isso, eu ficarei de guarda.’ O soldado obedeceu as ordens. Quando voltou para o posto, o senhor rasgou o cobertor em dois pedaços. Ficou com uma das partes e deu a outra ao sentinela. 
 General, aqui está uma das metades daquele cobertor, pois eu sou o sentinela cuja vida o senhor salvou." 
 A regra de ouro é sempre bendizer àqueles que nos ofertam assistência e auxílio. 
 Não nos cabe desconsiderar a gratidão como o gesto de ternura, a palavra cálida, a atenção gentil, o sorriso expressivo de afeto espontâneo. 
 Doemos sempre nossa expressão de reconhecimento aos que se tornam nossos protetores na Terra, não esquecendo de que eles representam a materialização do amor de nosso Pai, na dura jornada que nos cabe trilhar. 
 Você sabia? 
 ...que Lafayette tinha somente 19 anos de idade quando deixou o seu País para lutar pela liberdade americana? 
 E que, ao chegar aos Estados Unidos, disse que fora lá para aprender, e não para ensinar? 
 Em nome da amizade que devotou a George Washington deu ao próprio filho o nome de Washington.

Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no texto Fraternidade de longa data, de Fanny E. Coe, de O Livro das virtudes, v. 2, de William J. Bennet, ed. Nova Fronteira e no cap. 26 do livro Convites da vida, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

terça-feira, 20 de março de 2012

O VALE DOS SENTIMENTOS

Um pai, vendo o jovem e inexperiente filho possesso de ódio e fúria, tomado de um ciúme doentio pela namorada que vira conversando com outro rapaz, chamou-o para um canto e contou-lhe a seguinte estória: 
Havia um lugar chamado Vale dos Sentimentos e lá moravam todos os sentimentos do mundo. Cada qual com seu nome: Alegria, Tristeza, Sabedoria, Determinação e outros. 
Apesar de serem tão diferentes, se davam muito bem. Até os sentimentos como o Orgulho, Tristeza e Vaidade não tinham problemas entre si. 
Mas era lá no fundo do vale, na última casinha que morava o mais bonito dos sentimentos: o Amor. 
Ele era tão bom que, quando os outros sentimentos chegavam perto dele, ficavam mudados. Isso acontecia porque dentre todos eles o Amor era o melhor. 
Porém, no mesmo vale, num lugar mais afastado havia um castelo. Lá neste castelo também morava um sentimento, só que não tinha nada de bom. 
Era o lar da Raiva. E a Raiva, de tão ruim que era, não gostava dos outros moradores do vale. Por isso, quando acordava de mau humor, fazia de tudo para estragar a beleza do lugar. 
Certo dia teve uma idéia. Foi até o calabouço e então preparou uma poção mais esquisita e estraga prazeres de que se tem notícia. A fumaça que se ergueu da poção tomou conta do lugar e do vale todo; e se transformou numa tempestade como nunca se tinha visto antes. 
Quando o vale se encheu de raios, chuva e vento, todos correram para se proteger. O Egoísmo foi o primeiro a se esconder, deixando todos para trás.
A Alegria deu risadas de alívio por ter se salvado rapidinho. A Riqueza recolheu tudo o que era seu, antes de se abrigar. A Tristeza, a Sabedoria... a Vaidade... Todos conseguiram chegar em suas casas a tempo, ... menos o Amor. 
Ele estava tão preocupado em ajudar os outros sentimentos que acabou ficando para trás. Então uma coisa ruim aconteceu: Um raio cortou os céus. Ouviu-se um estrondo gigantesco e um corpo caiu ao solo. A raiva deu sua tarefa por cumprida e retirou-se para dormir. 
Quando a tempestade passou, os sentimentos todos puderam abrir suas janelas aliviados. Mas ao saírem, eles sentiram uma coisa diferente no ar. 
- O que aconteceu com o amor? ; perguntavam entre si 
- Ele não se mexe ; afirmou outro dos sentimentos 
- Tá tão parado que até parece que morreu ; exclamou outro. 
Nesse momento a Tristeza começou a chorar; o Orgulho não aceitava. 
Disse que tudo era mentira. A Riqueza afirmava que era um desperdício e a Alegria, pela primeira vez, verteu lágrimas pelos olhos. 
Foi nesse instante que uma coisa estranha começou a acontecer. Os sentimentos começaram a ter desavenças porque sem o Amor para uni-los, as diferenças apareceram. 
A situação já estava bem ruim quando eles repararam que estavam sendo observados. Alguém que eles nunca tinham visto por ali antes. Então o estranho se ajoelhou na frente do Amor... tocou-o calmamente... e ele abriu os olhos. 
- Ele não morreu. 
O amor não morreu! ; gritavam os outros sentimentos. 
Foi ai que todos puderam ver o rosto do estranho, seu nome era Tempo. 
Todos comemoraram, porque o Amor estava vivo e sempre estará! Porque não há nada que possa acabar com o amor, enquanto o Tempo estiver ao seu lado para ajudá-lo. 
Assim a paz voltou a reinar no Vale dos Sentimentos. O Amor e o Tempo se casaram e tiveram três filhos. Os nomes deles são: Experiência, Perdão e Compreensão. E moram juntos hoje e para todo o sempre no Vale dos Sentimentos, bem lá no fundo daquele lugar que se chama CORAÇÃO. 
Após ouvir a estória o jovem, chorando, agradeceu o pai dando-lhe um abraço e saiu correndo em busca da namorada para pedir desculpas e voltar a viver sua grande paixão com a segurança própria daqueles que amam de verdade... 


Autor não mencionado 

segunda-feira, 19 de março de 2012

DECISÕES

Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido. Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número ( unzinho e eu ganhava a sena acumulada ), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste... 
Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz aliás, o nome do bar é Imaginário, sentou um cara do meu lado direito e se apresentou: 
- Olá, eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo. 
Ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo e eu lhe pergunto: 
- Porque? Sua vida não foi melhor do que a minha? 
- Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei a seleção...fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia... 
- Eu sei, eu sei... disse alguém sentado ao lado dele. 
Olhamos para o intrometido. Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou: 
- Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista. 
- Como é que você sabe? 
- Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei e aí levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante... 
- Ele chutaria para fora. 
Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou. 
- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou... fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio: 
- E o que aconteceu? perguntamos os três em uníssono. 
- Lembra aquele avião da VARIG que caiu na chegada em Paris? 
- Você... 
- Morri com 28 anos. 
Bem que tínhamos notado sua palidez... pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo...e ter levado o chute na cabeça... 
- Foi melhor, continuou, ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado... 
Quando de repente alguém sentado a minha esquerda disse: 
- Você deve estar brincando! 
Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado. Perguntei: 
- Quem é você? 
- Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público. 
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar. Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. 
Comentei com o barman que, no fim era quem estava com o melhor aspecto, ali... estupefato vi que era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas. 
- Quem é você? Perguntei. 
- Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice. 
- E? 
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo ... 
Nesta crônica temos uma visão da nossa vida e indecisões.... 
Sua vida não é a decisão que você não toma, ou a atitude que você não teve. Sua vida é o seu conjunto de escolhas. E ela está no presente, no aqui, no agora... Por isso, saiba aproveitar o presente, ouça os seus desejos mais íntimos e realize-os... Assim, você não terá que se arrepender amanhã e não terá nenhum sósia seu andando cabisbaixo e frustrado por ai. Você será único, vivendo de acordo com seus desejos, com sua autenticidade, errando e acertando...mas será genuinamente você! 


Autor não mencionado. 

domingo, 18 de março de 2012

O PESO DO DESCONTENTE

Venha comigo à prisão mais povoada do mundo. A instalação tem mais "pensionistas" do que beliches. Mais prisioneiros do que pratos. Mais "moradores" do que recursos.
Venha comigo à prisão mais opressiva do mundo. É só para prisioneiros, dirão à você. Eles são sobrecarregados de trabalho e são subalimentados. As paredes são nuas e os beliches são duros. Nenhuma prisão é tão povoada, nenhuma prisão tão opressiva, e, o principal, nenhuma prisão é tão permanente. A maioria dos internos nunca partem. Eles nunca fogem. Eles nunca são soltos. Cumprem uma pena de prisão perpétua nesta superlotada e mal provida instituição.
O nome da prisão? Você verá sobre a entrada. Em um arco sobre o portão estão as seis letras de ferro que explicitam seu nome:
Q-U-E-R-E-R
A prisão do querer. Veja seus prisioneiros. São os "que querem". Eles querem algo. Eles querem algo maior. Mais caro. Mais rápido. Mais fino. Querem.
Eles não querem muito, pensa você. Querem apenas uma coisa. Um novo trabalho. Um novo carro. Uma nova casa. Um novo esposo. Eles não querem muito. Querem somente um.
E quando têm o "um," estarão felizes. Está certo - estarão felizes. Quando eles têm o "um," deixarão a prisão. Mas então acontece. O aroma do carro novo passa. O novo trabalho envelhece. Os vizinhos compram um televisor maior. O novo esposo tem maus hábitos. E antes do que você imagina, outra vigarice quebra o livramento condicional e retornam à prisão.
Você está na prisão? Você se sente melhor quando tem mais e se sente pior quando tem menos. Você estará feliz se estiver à caminho uma nova entrega, uma transferência, um prêmio ou uma remodelação. Se sua felicidade vem de algo que você deposita, dirige, bebe ou digere, então encare - você está na prisão, a prisão do querer...

Tradução de SergioBarros do texto de Max Lucado

sábado, 17 de março de 2012

POR QUE ESCOLHER ENSINAR?

Minha família estava reunida para um jantar quando surgiu a discussão sobre as celebridades que ganham uma montanha de dinheiro. Me esqueci que teria que ser uma figura dos esportes ou um ator. Na sociedade de hoje, não parece importar. Os critérios principais para receber mega-salários parecem ser determinados por quanto as audiências pagarão para assistir. 
Então porque escolher o ensino como uma carreira? Eu apenas escutei pela metade o resto da conversa enquanto pensava na resposta para essa pergunta.
Me lembrei de minhas três crianças me observando enquanto eu despendia muitas noites e finais de semana planejando minhas aulas. Me lembrei de como escutavam atentas as minhas frustrações a respeito dos materiais, dos procedimentos e da grande responsabilidade. Me lembre de como esperavam ansiosamente para ouvir histórias de meus alunos: aquelas engraçadas, aquelas de quando as crianças tinham sucesso... 
Me lembrei de quando chegou a vez de cada uma de minhas próprias crianças escolherem uma profissão. Como eu esperei para ouvir se algum tinha planos de seguir a mãe através do ensino. Longas deliberações não fizeram nenhuma menção sobre ser um professor. Tristemente percebi que, embora não falassem, pensavam "porque eu escolheria ensinar?" 
A sobremesa foi servida, e todos continuavam a discussão sobre altíssimos salários, quando o telefone tocou. Meu marido me entregou o telefone, dizendo, 
- Estão procurando pela professora Bonnie Block . E recomeçou a comer sua sobremesa favorita. 
- Alô! Aqui é Bonnie Block. Eu disse, debatendo comigo mesma se eu deveria mesmo ter atendido ao telefone durante o jantar com a família. 
- É a professora Bonnie Block que dava aulas no primário? 
Uma sensação nervosa tomou conta de mim, e minha mente trouxe rápidas memórias daqueles dias de há muito tempo. 
- Sim! Eu exclamei. 
- Eu sou Danielle, Danielle Russ. Eu fui sua aluna. 
Lágrimas de surpresa e de alegria rolaram por meu rosto. Sim, eu me lembrava dela. Uma doce e maravilhosa criança. 
- Bem, - Ela continuou - eu estou me formando na faculdade este ano, e eu tenho tentado encontra-la. Gostaria que soubesse a diferença que você fez em minha vida. 
Ela prosseguiu dando detalhes de como eu fiz essa diferença. Minha influência sobre ela não foi limitada ao ensino básico mas remanesceu uma grande força de motivação quando precisou de orientação para a ajudar a enfrentar o desafio. 
- Você, com o que me ensinou, me incentivou e encorajou por todo o caminho. - Ela completou. 
Por que escolher ensinar? 
Finalmente encontrei a resposta: O pagamento é grande! 


Tradução de SergioBarros do texto de Bonnie Block 

sexta-feira, 16 de março de 2012

DUAS PALAVRAS

- Se vamos à igreja, é melhor você começar a retirar a neve da entrada da garagem! Minha esposa disse enquanto eu estava tentando descobrir porque o computador parou de funcionar.
- Já vou! Respondi, reiniciando o micro pela nona vez.
- Você disse que queria ir hoje à noite. É noite de natal. Se deixarmos para amanhã nós teremos que levantar mais cedo. Você prefere isso? Ela perguntou, sabendo que sair da cama cedo quando não há nenhuma obrigação do trabalho não era uma de minhas coisas favoritas.
- Estou indo. Eu disse vestindo minha capa e as luvas, arrastando meus pés para fora. Quanto levantei a porta fui surpreendido; não bastando a temperatura cair para baixo de zero, havia um vento mais que gelado.
Eu peguei a primeira pá que encontrei e joguei-a sobre meu ombro. Com minhas narinas se congelando, eu comecei. A segunda carga levantada com a pá parecia pesar duas vezes mais que a primeira mas eu a joguei ao ar como um homem possuído. O vento bateu forte nesse momento e trouxe de volta, direto em minha cara. Eu olhei para minha esposa que, no quarto, dava uma grande gargalhada.
Quando estava quase acabando, o punho de madeira da pá agarrou em minha luva direita, soltou do cabo e voou até o jardim dos vizinhos.
- Perfeito! Eu gritei.
Por alguma razão, eu estava me sentindo pra baixo naquele feriado. Eu não sabia o que era mas eu apenas queria que acabasse logo. Eu me sentia triste e aborrecido.
- Olha a hora! Acho que você tem 20 minutos para tomar banho e barbear-se. Ah! E não se esqueça de limpar a neve atrás das orelhas. Ela disse, me lembrando do banho de neve. Eu corri para o chuveiro e comecei a praguejar todas as pessoas que vão à igreja no natal, forçando-nos a chegar 45 minutos mais cedo para conseguir um lugar para sentar.
Estávamos no carro aproximadamente cinco minutos após o fim do nosso prazo mas eu achei que conseguiria. Em minha pressa, virei o volante mais do que devia e bati a traseira na montanha de neve que eu tinha construído com minha pá quebrada.
- Maravilhoso! Eu gritei, adicionando algumas expressões que não eram certamente apropriados para alguém à caminho da igreja.
Superando todos os obstáculos, chegamos à igreja e me senti afortunado por encontrar uma vaga na extremidade final do estacionamento. Tinha dado apenas três passos quando pisei em um pedaço de gelo e fui ao chão como uma torre de cartas. Minha esposa ofereceu-me algumas palavras de conforto,
- Levanta! Lá dentro vai estar quentinho!
Finalmente conseguimos entrar. Sentamos na penúltima fileira, em uns bancos de ferro que foram colocados para aproveitar a capacidade máxima do lugar.
Definitivamente era daqueles dias em que quanto pior você fica mais coisas parecem acontecer para te derrubar. Uma senhora atrás de mim cantou tão desafinada e tão alto quanto poderia e eu comecei a sentir claustrofobia quando colocaram mais gente para dentro. O padre decidiu fazer o sermão mais longo da historia.
Veio então o sinal da paz. É o momento em que você se vira para aqueles à sua volta, cumprimenta-os e lhes diz,
- Que a paz esteja contigo.
Um senhor que estava um tanto quanto afastado, veio até mim, olhou-me nos olhos e disse,
- Seja feliz.
Ele poderia ter dito "Feliz Natal" como todos os outros ou o padrão "Que a paz esteja contigo", mas disse apenas as duas palavras: "seja feliz".
Ele não poderia saber como eu estava me sentindo pra baixo mas pareceu saber que estas eram exatamente as palavras que eu mais precisava ouvir.
"Seja feliz", fiquei pensando... Quanta sabedoria naquelas duas palavras. Não é o que Deus quer para nós? Naturalmente as coisas dão errado de vez em quando mas é somente um lado da moeda. Uma moeda que está sempre virando entre os bons e maus momentos.
Se nós tomarmos a decisão conscienciosa de colocar um sorriso no rosto e colocar o firme pensamento de sermos felizes em nossas cabeças, isto fará com que as coisas ruins sejam um pouco mais fáceis de se aceitar e as coisas boas muito mais agradáveis.

Tradução de SergioBarros  do texto de John Fern

quinta-feira, 15 de março de 2012

O CRÉDULO E O INCRÉDULO

Era uma vez dois exploradores que encontraram uma clareira na selva. 
Nela cresciam muitas flores de beleza sem par. 
Um dos exploradores diz: 
- Há sem dúvida um jardineiro que mantém este jardim. 
O outro não concorda: 
- Não há nenhum jardineiro. 
Assim sendo, eles montam suas tendas e se põem a vigiar. Nenhum jardineiro é visto em nenhum momento. Será que se trata de um jardineiro invisível? 
Os dois exploradores fazem então uma cerca de arame farpado e a eletrificam, guardando-a com sabujos... Mas nenhum grito sugere nunca que algum intruso tenha tentado entrar no jardim. Apesar disso, o primeiro explorador ainda não se convenceu: 
- Mas existe um jardineiro invisível, intangível, insensível às descargas elétricas, um jardineiro que não tem cheiro nem faz barulho, um jardineiro que vem secretamente cuidar do jardim. 
No final, o céptico se desanima: 
- Mas o que resta da sua primeira afirmação? E em que precisamente isso que você chama de jardineiro invisível, intangível, eternamente inapreensível, difere de um jardineiro imaginário ou até de um jardineiro absolutamente inexistente? 
O primeiro explorador vai então colher uma flor e, sem nada dizer, a oferece com um sorriso ao céptico, que não se afasta um minuto da cerca: 
- Por que este gesto de afeição? pergunta surpreso. 
- Para lhe perguntar se você consegue ver a velha amizade que nos une há tantos anos. 
E o outro responde: 
- Lógico que não! 
- O essencial é invisível aos olhos (como dizia o Pequeno Príncipe). Só conseguimos ver bem com o coração! Será que não é isso o que acontece com Aquele que com tanto amor cuida deste jardim? 


Autor não mencionado 

quarta-feira, 14 de março de 2012

A reputação e o caráter

As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação.
A verdade em que você acredita determina seu caráter.


A reputação é o que acham que você é.
O caráter é o que você realmente é…


A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova.
O caráter é o que você tem quando vai embora…


A reputação é feita em um momento.
O caráter é construído em uma vida inteira…


A reputação torna você rico ou pobre.
O caráter torna você feliz ou infeliz…


A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura.
O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus.

Autor: Arnaldo Jabor

terça-feira, 13 de março de 2012

Faça alguém feliz



Dê um beijo, um abraço, um passo em sua direção…
Aproxime-se sem cerimônia…
Dê um pouco do seu calor e do seu sentimento…
Sente-se perto e deixe-se ficar algum tempo, ou muito tempo…
Não conte o tempo de se dar e aprenda a burlar a superficialidade…
Sonhe o sonho sem dúvidas, deixe o sorriso acontecer, rasgue o preconceito, olhe nos olhos, aponte um defeito com jeito, respeite uma lágrima…
Ouça uma estória, ou muitas, com atenção…
Irradie simplicidade, simpatia, energia, e não se espante se a pessoa mais feliz for você…

segunda-feira, 12 de março de 2012

pequenos gestos

É curioso observar como a vida nos oferece resposta aos mais variados questionamentos do cotidiano... Vejamos:

A mais longa caminhada só é possível passo a passo...

O mais belo livro do mundo foi escrito letra por letra...

Os milênios se sucedem, segundo a segundo...

As mais violentas cachoeiras se formam de pequenas fontes...

A imponência do pinheiro e a beleza do ipê começaram ambas na simplicidade das sementes...

Não fosse a gota e não haveria chuvas...

O mais singelo ninho se fez de pequenos gravetos e a mais bela construção não se teria efetuado senão a partir do primeiro tijolo...

As imensas dunas se compõem de minúsculos grãos de areia...

Como já refere o adágio popular, nos menores frascos se guardam as melhores fragrâncias...

É quase incrível imaginar que apenas sete notas musicais tenham dado vida à "Ave Maria", de Bach, e à "Aleluia", de Hendel...

O brilhantismo de Einstein e a ternura de Tereza de Calcutá tiveram que estagiar no período fetal e nem mesmo Jesus, expressão maior de Amor, dispensou a fragilidade do berço...

... Assim também o mundo de paz, de harmonia e de amor com que tanto sonhamos só será construído a partir de pequenos gestos de compreensão, solidariedade, respeito, ternura, fraternidade, benevolência, indulgência e perdão, dia a dia...

Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma pequena parcela dele:

Esta parcela que chamamos de "Eu".

Não é fácil nem rápido...

Mas vale a pena tentar! Sorria!!!

domingo, 11 de março de 2012

Perceba a saída


Se você colocar um falcão em um cercado com um metro quadrado e inteiramente aberto por cima, o pássaro, apesar de sua habilidade para o vôo, será um prisioneiro. A razão é que um falcão sempre começa seu vôo com uma pequena corrida em terra. Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida nessa pequena cadeia sem teto.

O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado; se for colocado em um piso completamente plano, tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar.

Um zangão, se cair em um pote aberto, ficará lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto; por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente, de tanto atirar-se contra o fundo do vidro.

Há pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos, sem perceber que a saída está logo acima.

sábado, 10 de março de 2012

Tristeza sem razão

Por vezes, erguemo-nos pela manhã envoltos em nuvens de tristeza. Se alguém nos perguntar a causa, com certeza não saberemos responder.

Naturalmente, atravessamos as nossas dificuldades. Não há quem não as tenha. É o filho que não vai bem na escola, o marido que vive a incerteza do desemprego, um leve transtorno de saúde.

Nada, contudo, que seja motivo para a tristeza profunda que nos atinge.

Nesse dia tudo parece difícil. Saímos de casa e a entrevista marcada não se concretiza. A pessoa que marcou hora conosco cancelou por compromisso de última hora. E lá se vão as nossas esperanças de emprego, outra vez.

O material que vimos anunciado com grande desconto já se esgotou nas prateleiras, antes de nossa chegada. A fila no banco está enorme, o cheque que fomos receber não tinha saldo suficiente.

É... Nada dá certo mesmo! Dizemos que nem deveríamos ter saído de casa, nesse dia. Agora, à tristeza se soma o desalento, o desencanto.

Consideramo-nos a última pessoa sobre a face da Terra. Infelizes, abandonados, sozinhos.

Ninguém que nos ajude.

E, no entanto, Deus vela. Ao nosso lado, seguem os seres invisíveis que nos amam, que se interessam por nós e tudo fazem para o nosso bem-estar.

O que está errado, então? Com certeza, a nossa visão do que nos acontece.

Quando a tristeza nos invade no nascer do dia, provavelmente tivemos encontros espirituais, durante o sono físico, que para isso colaboraram.

Seja porque buscamos companhias não muito agradáveis ou porque não nos preparamos para dormir, com a oração. Seja porque reencontramos amores preciosos e os temos que deixar para retornar à nossa batalha diária, entristecendo-nos sobremaneira.

Ao nos sentirmos assim, busquemos de imediato a luz da prece, que fortalece e ilumina, espancando as sombras do desalento.

Abrir as janelas, observar a natureza, mesmo que o dia seja de chuva e frio. Verifiquemos como as árvores, quando castigadas pelos ventos e pela água, balançam ao seu compasso.

Passada a tempestade, se recompõem e continuam enriquecendo a paisagem com seus galhos, folhas, flores e frutos.

Olhemos para as flores. Mesmo que a chuva as despedace, elas, generosas, deixam suas marcas coloridas pelo chão, ou permitem-se arrastar pela correnteza, criando um rio de cores e perfumes pelo caminho.

Aprendamos com a natureza e afugentemos o desânimo com a certeza de que, depois da tempestade, retornará o tempo bom, o sol, o calor.

Não nos permitamos sintonias inferiores, porque se vibrarmos mal, nos sentiremos mal e, naturalmente, tudo se nos tornará mais difícil.

Nunca estaremos sós. Jesus está no leme das nossas vidas, atento, vigilante, e não nos faltará em nossas necessidades.

* * *

Se estamos tristes, abramos os ouvidos para as melodias da vida, melodias que soam das mais profundas regiões do amor Celeste.

Busquemos ajuda, peçamos socorro, não dando campo a essas energias de modo que possamos, na condição de filhos de Deus, alegrar-nos com tudo quanto o Pai construiu e colocou à nossa disposição a fim de que pudéssemos crescer, amar e servir.

Autor:
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. 12 do livro Revelações da luz, pelo Espírito Camilo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Lições para toda a vida

1. Leve em consideração que grandes amores e conquistas envolvem grande risco.

2. Quando você perde, não perca a lição.

3. Siga os três R's:
- Respeito a si mesmo
- Respeito aos outros
- Responsabilidade por todas suas ações

4. Lembre-se que não conseguir o que você quer é algumas vezes um grande lance de sorte.

5. Aprenda as regras de maneira a saber quebrá-las da maneira mais apropriada.

6. Não deixe uma disputa por questões menores ferir um grande amigo.

7. Quando você perceber que cometeu um erro, tome providências imediatas para corrigi-lo.

8. Passe algum tempo sozinho todos os dias.

9. Abra seus braços para mudanças, sem abrir mão de seus valores.

10. Lembre-se que o silêncio é algumas vezes a melhor resposta.

11. Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.

12. Uma atmosfera de amor em sua casa é o fundamento para sua vida.

13. Em discordâncias com entes queridos, trate apenas da situação corrente. Não levante questões passadas.

14. Compartilhe o seu conhecimento. Esta é uma maneira de alcançar a imortalidade.

15. Seja gentil com a Terra.

16. Uma vez por ano, vá a algum lugar que você nunca esteve antes.

17. Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor mútuo excede o amor que cada um precisa do outro.

18. Julgue o seu sucesso por aquilo que você teve que abrir mão para consegui-lo.

19. Entregue-se total e irrestritamente ao amor.

Boa sorte a você, muita felicidade até o último dia de sua vida!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Amor conjugal

O grande rei dos persas, Ciro, durante uma de suas campanhas guerreiras, dominou o exército da Líbia e aprisionou um príncipe.
 Levado à presença do conquistador ajoelhou-se perante ele o príncipe, e assim também os seus filhos e sua esposa. Os soldados vencedores, os generais da batalha, ministros e toda uma corte se juntou para tomar conhecimento da sentença real.
 O rei persa coçou o queixo, olhou longamente para aquela família à sua frente, à espera de sua decisão e perguntou ao nobre pai de família:
 Se eu te disser que te concederei a liberdade, o que poderias me oferecer em troca?
 Rapidamente respondeu o prisioneiro: Metade do meu reino.
 Ciro continuou, paciente, a interrogar:
 E se eu te oferecer a liberdade dos teus filhos, que me darás?
 Ainda rápido, tornou a responder: A outra metade do meu reino.
 Calmo, o conquistador lhe lançou a terceira pergunta:
 E o que me darás, então, em troca da vida de tua esposa?
 O príncipe sentiu o coração pulsar rapidamente no peito, parecendo arrebentar a musculatura. O sangue lhe subiu ao rosto, as pernas fraquejaram.
 Reconhecia que, no anseio da liberdade dos seus, tinha oferecido tudo, sem se recordar da companheira de tantos anos, sua esposa e mãe dos seus filhos.
 Foi só um momento mas, para todos, pareceu uma eternidade. Um sussurro crescente tomou conta do ambiente, pois cada qual ficou a imaginar o que faria agora o vencido.
 Após aquele momento fugaz, ele tornou a erguer a cabeça e com voz firme, clara, que ressoou em todo o salão, disse:
 Alteza, entrego a mim mesmo pela liberdade de minha esposa.
 O grande rei ficou surpreso com a resposta e decidiu conceder a liberdade para toda a família.
 De retorno para casa, o príncipe tomou da mão da esposa, beijou-a com carinho e lhe perguntou se ela havia observado como era serena e altiva a fisionomia do monarca persa.
 Não, disse ela. Não observei. Durante todo o tempo os meus olhos ficaram fixos naquele que estava disposto a dar a sua própria vida pela minha liberdade.

* * *

Para quem ama, não há limites na doação. Quando dois seres se amam verdadeiramente dão origem a outras vidas e as alimentam, enquanto eles mesmos um ao outro sustentam, na jornada dos dissabores e das lutas.
 O amor conjugal é, dentre as formas de amor, um dos exercícios do amor que requer respeito, paciência e dedicação. Solidifica-se através dos anos. E tanto mais se aprofunda quanto mais intensas se fazem as lutas e as conquistas de vitórias.
 Para os que se amam profundamente não há lutas impossíveis, não existem batalhas que não possam ser vencidas.

* * *

Em todos os departamentos do Universo existe a mensagem do amor, que é o estágio mais elevado do sentimento.
 O homem somente atinge a plenitude quando ama. Enquanto procura ser amado, sofre infância emocional.
 Por isso, o importante é amar, mesmo que não se receba a recíproca do ser amado. O que é essencial é amar, sem solicitação.


Autor:
Redação do Momento Espírita com base no conto Olhando só para ele, do livro Lendas do Céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record e pensamentos finais do cap. 2 do livro Convites da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Isto não é Comigo

Esta é uma história de quatro pessoas de nomes inusitados: TODOMUNDO, ALGUÉM, QUALQUERUM E NINGUÉM.

Havia um importante trabalho a ser feito e TODOMUNDO tinha certeza que ALGUÉM o faria.

QUALQUERUM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM o fez.

ALGUÉM zangou-se, porque era um trabalho de TODOMUNDO.

TODOMUNDO pensou que QUALQUERUM poderia fazê-lo, mas NINGUÉM imaginou que TODOMUNDO deixasse de fazê-lo.

No final, TODOMUNDO culpou ALGUÉM, porque NINGUÉM fez o que QUALQUERUM poderia ter feito.

terça-feira, 6 de março de 2012

Idosos ou Velhos?

Você se considera uma pessoa idosa, ou velha?

Acha que é a mesma coisa?

Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:

Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.

A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.

Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.

Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.

Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.

Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.

O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.

Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.

O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.

O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.

O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.

O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.

O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.

Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.

A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante.

Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas. Sábio é aquele que desfruta de cada uma das fases em plenitude, extraindo dela o melhor.

Somente assim, na soma das experiências e oportunidades, ao final dos seus anos guardará a jovialidade de um homem sábio.

Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Guerreiro Jamais Faz Ameaças

- O guerreiro da luz sabe que toda a vez que sua espada sai da bainha precisa ser usada.

Pode servir para abrir um caminho, ajudar alguém ou afastar o perigo, mas uma espada é caprichosa e não gosta de ver sua lâmina exposta à toa.

Por isso um guerreiro jamais faz ameaças.

Ele pode atacar, defender-se ou fugir; qualquer uma dessas atitudes faz parte do combate e não desonra o combatente.

O que não faz parte do combate é desperdiçar a força de um golpe falando sobre ele.

Quem age assim enfraquece seu poder espiritual - porque coloca em palavras o que deveria colocar em ação.

Um guerreiro está sempre atento aos movimentos de sua espada.

Mas não pode esquecer que a espada também presta atenção aos seus movimentos.

Ela não foi feita para ser usada com a boca.


Paulo Coelho

domingo, 4 de março de 2012

Do Outro Lado da Terra

Dois irmãos decidiram cavar um buraco bem profundo atrás de sua casa.

Enquanto estavam trabalhando, dois outros meninos pararam por perto para observar.
- O que vocês estão fazendo? - perguntou um dos visitantes.

- Nós estamos cavando um buraco para sair do outro lado da terra! - um dos irmãos respondeu com entusiasmo.

Os outros meninos começaram a rir, dizendo aos irmãos que cavar um buraco que atravessasse toda a terra era impossível.

Após longo silêncio, um dos escavadores pegou um frasco completamente cheio de pequenos insetos e pedras valiosas. Ele removeu a tampa e mostrou o maravilhoso conteúdo aos visitantes gozadores.

Então ele disse confiante:

- Mesmo que nós não cavemos por completo a terra, olha o que nós encontramos ao longo do caminho!

Seu objetivo era por demais ambicioso, mas fez com que escavassem.

E é para isso que servem os objetivos: fazer com que nos movamos em direção de nossas escolhas, ou seja, começarmos a escavar!

Mas nem todo objetivo será alcançado inteiramente. Nem todo trabalho terminará com sucesso.

Nem todo relacionamento resistirá. Nem todo amor durará. Nem todo esforço será completo.

Nem todo sonho será realizado.

Mas quando você não atingir o seu alvo, talvez você possa dizer:

- Sim, mas vejam o que eu encontrei ao longo do caminho!

Vejam as coisas maravilhosas que surgiram em minha vida porque eu tentei fazer algo!

É no trabalho de escavar que a vida é vivida.

E, afinal, é a alegria da viagem que realmente importa!

sábado, 3 de março de 2012

Bill Gates

Essas são as palavras ditas por Bill Gates em uma conferência, ele falou sobre as coisas(regras) que você não aprenderia na escola. Sim eu sei, isso é antigo, muito antigo, e todos estão cansados de saber que Bill Gates falou por 5 minutos e foi aplaudido por muito tempo. Mas vejo elas como uma forma de reflexão diária, que você pode usar para compreender um pouco as coisas ao seu redor. Portanto utilizo essas frases como forma motivacional e você pode utilizá-las também. Todos podem conhecer essa mensagem dita por Bill Gates, mas na verdade quantos a aplicam? Ou a compreendem? Abaixo as palavras do Mr. Bill.

Regra 1: A vida não é fácil – acostume-se com isso.

Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3: Você não ganhará US$ 40,000 por ano assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4: Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.

Regra 5: Fritar hambúrgueres não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso – eles chamam de oportunidade.

Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais, então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7: Antes de você nascer seus pais não eram tão chatos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você falar o quanto você mesmo era legal. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.


Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real.

Regra 9: A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudarão a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10: Televisão NÃO É vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a cafeteria e ir trabalhar.

Regra 11: Seja legal com os “Nerds”. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.


Fonte: http://supercoisasloucas.blogspot.com/2011/03/bill-gates.html

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Terra em miniatura



Se pudéssemos reduzir a população da Terra a uma pequena aldeia de exatamente 100 habitantes, mantendo as proporções existentes atualmente, seria algo assim...

Haveria:

57 asiáticos

21 europeus

4 pessoas do hemisfério oeste (tanto norte como sul) e 8 africanos

52 seriam mulheres

48 homens

70 não seriam brancos

30 seriam brancos

70 não cristãos

30 cristãos

89 heterossexuais

11 homossexuais confessos

6 pessoas possuiriam 59% da riqueza de toda a aldeia e os 6 (sim, 6 de 6) seriam norte americanos.

Das 100 pessoas,
80 viveriam em condições subhumanas
70 não saberiam ler
50 sofreriam de desnutrição
1 pessoa estaria a ponto de morrer
1 bebê estaria prestes a nascer
Só 1 (sim, só 1) teria educação universitária
Nesta aldeia haveria só 1 pessoa que possuiria um computador.

Ao analisar nosso mundo desta perspectiva tão reduzida é quando se faz mais premente a necessidade de aceitação, entendimento e educação

Agora pense...

Se você levantou esta manhã com mais saúde que doenças, então você tem mais sorte que os milhões de pessoas que não sobreviverão nesta semana.

Se você nunca experimentou os perigos da guerra, a solidão de estar preso, a agonia de ser torturado ou a aflição da fome, então está melhor do que 500 milhões de pessoas.

Se você pode ir à sua igreja sem medo de ser humilhado, preso, torturado ou morto... Então você é mais afortunado que 3 bilhões (3.000.000.000) de pessoas no mundo.

Se você tem comida na geladeira, roupa no armário, um teto sobre sua cabeça e um lugar onde dormir, você é mais rico que 75% da população mundial.

Se você guarda dinheiro no banco, na carteira e tem algumas moedas em um cofrinho... já está entre os 8% mais ricos deste mundo

Se teus pais ainda estão vivos e unidos... Você é uma pessoa MUITO rara.

Se você leu esta mensagem, acaba de receber uma dupla benção: alguém estava pensando em você e, mais ainda, tem melhor sorte que mais de 2.000.000.000 de pessoas neste mundo que não sabem, sequer, ler.

O que vai... volta.

Envie esta mensagem a todos os que você considera amigos. Leve consciência do mundo a alguém. A única coisa que pode acontecer, se decidir enviá-la, é que, graças a você, alguém se saiba mais abençoado.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Aprendendo a Viver

Você receberá um corpo físico.
Você pode amá-lo ou detestá-lo, mas ele será seu ao longo de toda a sua existência.
Você receberá lições.
Você estará matriculado na escola da vida em período integral.
Você terá oportunidades para aprender a cada dia que passa.
Você poderá usar estas oportunidades ou deixá-las passar simplesmente.
Não há erros, apenas lições.
O crescimento é resultado de um processo de tentativa e erro: Uma experimentação.
Os experimentos fracassados são tão parte do processo, quanto os experimentos que funcionam.
Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida.
Esta lição será apresentada a você sob várias formas até que você a tenha aprendido.
Quando conseguir isso, poderá então passar para a próxima lição.
Aprender lições é um processo interminável.
Não há nenhum evento na vida que não contenha uma lição.
Se você está vivo,
sempre haverá uma lição para aprender.
Lá não é melhor que aqui.
Quando o seu lá se transformar em aqui,
você apenas estará obtendo outro lá que, mais uma vez, parecerá melhor que aqui.
Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem.
Você não pode amar ou detestar alguma coisa em outra pessoa, sem que isso reflita alguma coisa que você ama, ou detesta em si mesmo.
É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida.
Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa.
O que faz com eles, é problema seu.
A escolha é sua.
As respostas estão dentro de você.
As respostas às questões da vida estão dentro de você.

Tudo que você tem a fazer é:
PRESTAR ATENÇÃO, OUVIR E CONFIAR.

(Autor Desconhecido)