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quinta-feira, 15 de março de 2012

O CRÉDULO E O INCRÉDULO

Era uma vez dois exploradores que encontraram uma clareira na selva. 
Nela cresciam muitas flores de beleza sem par. 
Um dos exploradores diz: 
- Há sem dúvida um jardineiro que mantém este jardim. 
O outro não concorda: 
- Não há nenhum jardineiro. 
Assim sendo, eles montam suas tendas e se põem a vigiar. Nenhum jardineiro é visto em nenhum momento. Será que se trata de um jardineiro invisível? 
Os dois exploradores fazem então uma cerca de arame farpado e a eletrificam, guardando-a com sabujos... Mas nenhum grito sugere nunca que algum intruso tenha tentado entrar no jardim. Apesar disso, o primeiro explorador ainda não se convenceu: 
- Mas existe um jardineiro invisível, intangível, insensível às descargas elétricas, um jardineiro que não tem cheiro nem faz barulho, um jardineiro que vem secretamente cuidar do jardim. 
No final, o céptico se desanima: 
- Mas o que resta da sua primeira afirmação? E em que precisamente isso que você chama de jardineiro invisível, intangível, eternamente inapreensível, difere de um jardineiro imaginário ou até de um jardineiro absolutamente inexistente? 
O primeiro explorador vai então colher uma flor e, sem nada dizer, a oferece com um sorriso ao céptico, que não se afasta um minuto da cerca: 
- Por que este gesto de afeição? pergunta surpreso. 
- Para lhe perguntar se você consegue ver a velha amizade que nos une há tantos anos. 
E o outro responde: 
- Lógico que não! 
- O essencial é invisível aos olhos (como dizia o Pequeno Príncipe). Só conseguimos ver bem com o coração! Será que não é isso o que acontece com Aquele que com tanto amor cuida deste jardim? 


Autor não mencionado 

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