Total de visualizações de página

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Conhecimento X Autoconhecimento


 
“A inteligência e o conhecimento, como todas as aptidões humanas, são neutros em si mesmos, ou seja, tanto podem ser utilizados na prática do bem como na disseminação do mal”    Herminio C. Miranda, em As duas Faces da Vida
 
Os reality shows mostrados na TV sempre nos remetem a reflexões do tipo conhece-te a ti mesmo, pois todos os personagens, por mais egoístas e invejosos que sejam, estão sempre se defendendo, dizendo que não são nada disso.
 
Não é preciso muita reflexão para saber quem somos e definir de que lado estamos, quando analisamos nossas atitudes e comportamentos, mas é preciso disposição para assumirmos uma avaliação isenta de condicionamentos ou tendências que nos colocam sempre numa posição de bonzinhos.
 
Há pessoas que se dedicam ao estudo e à busca do conhecimento para construir sua personalidade, mais solidária, mais compreensiva, mais tolerante. Mas é preciso muito mais do que isso. É preciso entender o significado e as conseqüências de cada gesto, de cada pensamento, do que é social ou egoísta.
 
O que podemos fazer para construir um mundo melhor e melhorar a vida de cada ser com quem convivemos. Essa é a resposta que devemos ter sempre, em cada momento das nossas vidas, refletindo nas nossas ações e principalmente nas nossas idéias e nos nossos pensamentos, se quisermos ficar do lado positivo.
 
Se já não faz, isso deve fazer, imediatamente, parte da nossa própria personalidade. Querer ser bom e despojado já é um passo, mas não é suficiente.  
 
As personalidades se dividem e precisamos saber que rumo estamos tomando, pois a nova era está reservada para apenas um dos lados. Quem não contribuir, provavelmente estará fora. Não cabe mais a calúnia, o egoísmo, a intolerância, a violência e a roubalheira. Essas coisas ainda existem (e muito), mas logo deixarão de existir, pois para o mundo de regeneração só voltarão os que não atrapalharem (ou atrapalharem menos) a evolução, normalmente os de espírito humanitário, trabalhador e ligados às necessidades dos indivíduos e do planeta.  
 
Sempre pensamos que estamos do lado bom, mas quem vai nos dizer isso é a nossa consciência, através da reflexão permanente e da percepção dos nossos gestos em cada situação.
 
O mundo sempre se dividiu entre os bons e os maus, independentemente das funções de cada um, no trabalho, na religião, na família. Não sabemos muito bem como somos. Mas temos que ver como nos comportamos em relação aos nossos interesses. Dar razão para um dos lados nos coloca em posições extremamente opostas e aqui entra a intenção, o que queremos e qual a finalidade das nossas expectativas.
 
A inveja, as dificuldades materiais e outras situações e pensamentos negativos às vezes nos impõem certas posturas inadequadas, mas temos que superar essas tendências com justiça e sabedoria, confiando sempre na providência divina e nas nossas intuições positivas, preparados para enfrentar as adversidades.
 
A riqueza, por sua vez, nos leva a reflexões sobre os extremos das ações fúteis, egoístas ou pervertidas em oposição à aplicação dos recursos em ações mais prazerosas, produzindo atitudes solidárias e generosas, para o nosso crescimento.
 
A opção é nossa. Nascemos com essas tendências opostas e ao longo da vida vamos moldando nosso comportamento de acordo com o nosso conhecimento e com os nossos interesses.   
A verdade, no entanto, é uma só: mais dia, menos dia, nos encontraremos num mundo melhor, de simpatia, solidariedade, compreensão, tolerância e amor.   
 
Ou não estaremos mais aqui.  
Eugenia Maria  – professora, jornalista, pesquisadora e oradora espírita. Coordenadora do Projeto FloreSer e  autora dos livros Crianças Esquecidas e Pedagogia das Diferenças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário